segunda-feira, 9 de junho de 2014

Aproximadamente 70 pessoas foram estupradas em Mossoró e região

Meninas são as que mais são violentadas Meninas são as que mais são violentadas
O aumento dos casos registrados de estupros contra crianças e adolescentes em Mossoró e região preocupa as autoridades e acende uma luz de alerta para as famílias, no combate e vigilância dos filhos. Dados obtidos com exclusividade junto ao Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) revelam que somente este ano aproximadamente 70 pessoas foram estupradas em Mossoró e nas cidades que compõem a área de abrangência do órgão.
Por questões de segurança e normas internas do Itep, não foi revelado o número de estupros ocorridos no ano passado, porém o diretor Valentim Marinho explica que em se comparando ao ano de 2013, neste mesmo período, houve um aumento nos casos.
"Olha, quando se fala em estupro, temos que ter o maior cuidado para não expor as vítimas, por isso existem números que não podemos divulgar, porém uma coisa asseguro, que a quantidade de casos de abusos sexuais este ano é muito preocupante, pela forma proporcional que vem acontecendo", explicou.
Para o diretor, outro dado preocupante no tocante aos abusos sexuais, que são notificados no Itep, é que a maioria dos casos, o autor do estupro é um parente próximo, que convive diariamente com a vítima. "Em alguns casos, o acusado mora na mesma casa que a vítima. São padrastos, tios, primos, irmãos, vizinhos, que gradativamente vão ganhando a confiança da vítima, até dar o bote, igual uma cobra peçonhenta", disse.
Um dos últimos casos chegado ao Itep, no início da semana passada, veio de uma cidade da região do Alto Oeste, onde a vítima é uma adolescente de 14 anos, violentada sexualmente por um primo do pai da garota, que convivia diariamente com a família.
Para agravar ainda mais a situação, a adolescente está grávida de seis meses do estuprador de 56 aos e que é casado. "São situações graves e que causam sequelas para o resto da vida, não só na vítima, como também em toda a família, que sofre junto.
O psicólogo João Valério Alves Neto conta que em casos de abusos sexuais, as famílias de menor poder aquisitivo estão mais vulneráveis, devido à falta de informações e não ter nenhuma noção de como se precaver e fazer as denúncias.
"São famílias carentes, desenformada e que não sabem a quem recorrer. Claro que isso não é uma regra, muitos casos de estupros já foram notificados em famílias com poder aquisitivo elevado e um grau de conhecimento elevado, porém esse tipo de perfil é minoria no ranking dos acontecimentos", ressaltou.
Para se ter a gravidade da situação, somente na semana passada, cinco casos de estupros foram encaminhados à Polícia Civil para serem investigados, sendo dois deles, vindos de uma cidade no Vale do Açu.


Fonte: O MOSSOROENSE 

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