A
polícia investiga uma ocorrência de estupro dentro do banheiro
masculino da Escola Estadual Leonor Quadros, na zona sul de São Paulo. A
vítima é uma aluna de 12 anos.
O caso
ocorreu na terça-feira (12) por volta das 16h, enquanto estudantes e
professores estavam em sala de aula. A menina teria sido violentada por
três alunos de 13 e 14 anos.
Segundo
testemunhas, a garota tinha sinais agressão e foi retirada do banheiro
por um professor que passava pelo corredor. Em seguida, foi levada para a
sala da administração da escola. A polícia não foi chamada no local. A
denúncia foi encaminhada ao UOL pelo WhatsApp (11) 97500-1925.
A
escola chamou socorro -- segundo a secretaria estadual de Educação, a
aluna teria procurado a direção porque estava com falta de ar -- e a
menina foi levada para o hospital, onde foi submetida a um exame para
comprovar a violência sexual. A polícia aguarda o resultado do laudo.
Tinha que ter chamado a polícia na hora
"Na
delegacia, me disseram que o grande erro é que a escola não chamou a
polícia. Tinha que ter chamado na hora", diz a mãe da aluna. Ela afirmou
que a filha não quer passar perto da escola e que vai estudar em casa
nos próximos meses.
Além
da vítima, outras alunas não querem mais frequentar a escola com medo de
novos ataques. "A escola está querendo abafar o caso. Eu fui até lá e
me disseram que nada disso aconteceu", disse a mãe de uma aluna de 13
anos. "Eu não vou mais mandar a minha filha para a escola. Ela está com
medo. Eles podem pular o muro da escola e fazer isso com outra aluna",
diz a mãe.
Os
adolescentes suspeitos também são alunos da escola e não foram
apreendidos. "Tenho medo que eles fujam", afirma a mãe da garota. A
secretaria de Educação informou que os três estudantes suspeitos foram
transferidos para outras escolas da região.
Violência e drogas
Segundo
um professor que não quis se identificar, o colégio passa por problemas
há muito tempo. "A escola está abandonada. Não tem inspetor nos
corredores e o uso de drogas é comum no período da tarde".
Outro
professor afirmou que já foi ameaçado por alunos da unidade. "A situação
é inaceitável. Eu tenho várias ocorrências de ameaça diretas e,
infelizmente, a gente não pode fazer nada. Acho que estão esperando que
ocorra um assassinato para fazer algo", disse. "Ás 17h a escola já
começa a ficar na escuridão total, não tem iluminação suficiente",
afirma o professor.
Garota teria relatado falta de ar
Em
nota, a secretaria de Educação afirmou que a direção da escola
"solicitou atendimento médico emergencial e comunicou seus responsáveis"
depois de ser procurada pela aluna, que relava estar com "falta de ar".
Segundo
a pasta, a vítima só informou o ocorrido no hospital "e, de imediato, a
mãe da jovem foi orientada a registrar o boletim de ocorrência".
"A
equipe gestora da unidade também acionou os pais dos estudantes
envolvidos e a Vara da Infância e da Juventude. Seguindo orientações do
Conselho Tutelar, um novo boletim de ocorrência foi registrado pela
direção escolar. Os estudantes que participaram do caso já foram
transferidos para outra unidade de ensino".
Ainda segundo a secretaria, a escola está prestando "todo apoio à jovem e sua família" e colabora com a investigação policial.
Fonte: Uol via Cidade News
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