Foto: Josemário Alves
Josemário Alves
Os professores da Universidades Federal Rural do Semiárido (Ufersa) iniciaram nesta quinta-feira (28) a segunda greve geral da história da instituição.
Uma manifestação, em alusão ao início das atividades grevistas pela categoria docente e dos técnicos adminstrativos, foi realizada em frente ao campus Central da universidade em Mossoró.
Segundo o professor Thiago Arruda, diretor da Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA), “a greve vem de uma necessidade diante de uma ausência de negociação do governo”.
O ato teve o apoio do professores e técnicos administrativos da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), dos servidores da Ufersa, ambos em greve, dos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE’s) das duas instituições, além da categoria docente do IFRN, que estuda possibilidade de greve.
Thiago contou ao MOSSORÓ HOJE que cerca de 15 a 20 universidades em todo o país estão paralisando suas atividades nesta quinta (28).
“Este número ainda é incerto por que estamos na última rodada de assembleias. A expectativa é que esse número cresça, em função da adesão de novas instituições federais de ensino superior à greve”, disse o professor.
A greve dos professores está pautada em três principais reivindicações: defesa e reestruturação da carreira, contra os cortes no setor da educação e reajuste salarial de 27%.
Já os servidores reivindicam, dentre outras, a reposição salarial e data base, além de turnos contínuos de 30 horas. A categoria também é contra os cortes na educação.
“Só aqui na Ufersa, o governo cortou um terço do orçamento”, declarou Thiago Arruda.
Matheus Mendes, presidente do DCE da Ufersa, disse à reportagem que os estudantes também apoiam a greve dos professores.
“Nós fizemos uma assembleia e os estudantes decidiram apoiar o movimento dos professores e dos técnicos. O corte no orçamento da universidade já está afetando os estudantes que fazem pesquisa, está afetando a construção das vilas acadêmicas nos demais campi, entre outras coisas. Isso foi o que mais influenciou a classe universitária a se solidarizar com o movimento”, relatou Matheus.
Para não prejudicar os estudantes, os conselhos Universitário (Consuni) e Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) devem se reunir na próxima segunda-feira (01) para deliberar sobre a suspensão do calendário acadêmico.
A greve é por tempo indeterminado.
A primeira greve da Ufersa aconteceu no ano de 2012 e durou quatro meses. A mesma iniciou no dia 17 de maio e teve fim no dia 16 de setembro.
Na época, o vice-presidente da Associação dos Docentes, José Torres Filho, disse que os professores conseguiram durante esse período a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores.
Eram 17 níveis, agora são 13 e o reajuste salarial será de 20% a 40%, escalonada em 3 anos: março de 2013, 2014 e 2015.
Em todo o país, a greve chegou a ter adesão de 58 das 59 universidades federais. A única instituição que não teve nenhuma unidade afetada pela paralisação foi a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Fonte: Mossoró Hoje
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