Foto: Josemário Alves
Josemário Alves
Os professores da Universidade
Federal Rural do Semiárido (Ufersa) decidiram em assembleia geral,
realizada nesta quinta-feira (21), pela deflagração de greve a partir do
dia 28 de maio.
Os técnicos administrativos também optaram por paralisar os serviços, em reunião da categoria na manhã de quarta-feira (20).
Os movimentos grevistas protestam, dentre outras reivindicações, contra os cortes do Governo Federal na área da educação.
“De 2013 pra cá, já foi cortado da Ufersa, R$ 52 milhões. Vocês sabiam disso? O MEC deu um calote na universidade”, explanou o professor José Espínola durante assembleia no campus Central.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA), Joaquim Pinheiro, outras 24 universidades federais já aprovaram a greve para o dia 28, conforme foi decidido em reunião nacional.
“Vai ser um movimento forte das universidades federais. No decorrer da greve, outras instituições devem aderir à paralisação, como por exemplo, os Institutos Federais, que já sinalizaram, internamente, para uma possível greve”, disse o professor.
Dos 227 professores que estiveram presentes nas assembleias realizadas nos quatro campi da Ufersa, 171 optaram pela paralisação.
“A greve se faz necessária para mostrar o mínimo de insatisfação dos professores”, desabafou o professor do curso de Direito, Jairo Ponte.
Ainda de acordo com o presidente da ADUFERSA, a paralisação é por tempo indeterminado, apesar do Ministério da Educação ter marcado uma reunião com o sindicato nacional para a sexta-feira (22).
“O MEC tá marcando uma primeira reunião pra amanhã [sexta-feira]. A gente espera que o governo apresente uma contrapartida. Entretanto, a greve já é realidade. Nós também reivindicamos reajuste salarial e reestruturação da carreira, e isso cabe ao Ministério de Planejamento. Então, independente dessa reunião com o MEC, nós vamos entrar em greve”, concluiu Joaquim Pinheiro.
Atualmente, a Ufersa conta com um quadro de 567 professores e 574 técnicos administrativos nos quatro campi da instituição.
Com a deflagração da paralisação, os conselhos Universitário (Consuni) e Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) devem analisar o trancamento do calendário letivo na próxima reunião, marcada para o dia 29 deste mês.
Fonte: Mossoró Hoje
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