Com a
fama, a localidade foi transformada de uma região pacata num dos lugares
mais badalados da cidade. O sucesso das fotos, que parecem montagens
fotográficas de tão belas e surreais, modificou a rotina das trilhas de
acesso e de toda a Barra de Guaratiba. A tranquila região se transformou
num dos locais mais disputados para pontos de fotos na Cidade
Maravilhosa e com isso, também veio o aumento da poluição.
A
sensação das fotos nas redes sociais fez crescer abruptamente o número
de interessados em realizarem as trilhas, de nível médio, que são
concluídas em cerca de 50 minutos e possuem dois percursos principais
que levam os turistas até o topo da Pedra do Telégrafo, a mais de 354
metros de altura. Com início na Praia Grande ou nas proximidades da
velha ponte de acesso à Restinga da Marambaia, os caminhos passam por
áreas íngremes e surpreendem os aventureiros com uma vista paradisíaca
antes mesmo de chegar ao final do percurso, na famosa Pedra.
O
sucesso das fotos é tão grande que o tempo esperado para fazer uma pose
para publicá-la nas redes sociais chega a ser maior que o gasto para
caminhar todo o percurso. Aos finais de semana, a fila para registrar
uma pose chega a ultrapassar uma hora de espera e também movimenta a
economia local. Empresas da região oferecem o serviço de guias
turísticos por aproximadamente R$ 50, que inclui o passeio e até auxilio
para tirar a tão esperada foto.
Se a Pedra do Telégrafo ganhou a
fama, é a Pedra do Cavalo que 'entrega o prêmio' aos turistas que
visitam o local, pois a maior parte das fotos virais em que aventureiros
se 'arriscam' pendurados sobre um penhasco são clicadas nesta área. O
'segredo' do clique é que a posição da foto passa a ilusão que as
pessoas estão penduradas num abismo quando na verdade existe terra firme
logo abaixo dos seus pés. Curiosamente, o nome da pedra é uma
'homenagem' a uma antiga e famosa foto de um cavalo quase no abismo,
justamente sobre aquela rocha.
Poluição
Com o aumento do fluxo de turistas, também houve o crescimento da poluição na região. Segundo Pedro Felipe Santos Carvalho, presidente e fundador da ONG Amigos do Perigoso, "é importante chamar atenção que o aumento do fluxo de aventureiros também trouxe o crescimento da quantidade de lixo macro (embalagens, pets, entre outros) e micro (partículas de plásticos e outros detritos) que são deixados nas trilhas pelas pessoas. A ampliação do número de turistas é positiva, mas deve ser organizada para sempre manter a preservação ambiental em primeiro lugar".
Com o aumento do fluxo de turistas, também houve o crescimento da poluição na região. Segundo Pedro Felipe Santos Carvalho, presidente e fundador da ONG Amigos do Perigoso, "é importante chamar atenção que o aumento do fluxo de aventureiros também trouxe o crescimento da quantidade de lixo macro (embalagens, pets, entre outros) e micro (partículas de plásticos e outros detritos) que são deixados nas trilhas pelas pessoas. A ampliação do número de turistas é positiva, mas deve ser organizada para sempre manter a preservação ambiental em primeiro lugar".
Além de
conscientizar a população local e os turistas sobre a importância de se
manter o meio ambiente limpo, a ONG Amigos do Perigoso também realiza
mutirões de limpeza na região. Segundo um levantamento interno da
organização houve um crescimento no lixo recolhido desde o início da
fama da região, no final de 2014.
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