Da redação
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte pediu hoje ao Ministério da Saúde a divulgação, com urgência, no Gerenciador de Análise de Laboratório (GAL), dos dados relacionados aos exames positivos do zika vírus, realizado pelo Instituto Evandro Chagas.
O pedido da Sesap ocorreu durante a videoconferência, realizada pelo Ministério da Saúde com todos os estados, quando repassou orientações sobre a nova doença transmitida pelo aedes aegypti e admitiu a circulação do zika vírus no Brasil, confirmando 16 casos, sendo 8 no Rio Grande do Norte e 8 na Bahia.
Segundo a subcoordenadora de Epidemiologia da Sesap, Kristiane Fialho, após o IEC colocar as informações no sistema, a secretaria vai poder iniciar o mapeamento e abrangência da doença no Rio Grande do Norte.
“A expectativa é de que os dados sejam incluídos no GAL no início da próxima semana”, afirma ela. Durante a videoconferência, o Ministério da Saúde recomendou a utilização da ficha de notificação e divulgou a Classificação Internacional da Doença, que é o CID A92.8, como também situou a doença no cenário nacional, com vários estados apresentando a mesma sintomatologia.
Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apesar da entrada do zika vírus no Brasil e de haver 1.200 suspeitas da doença sendo investigadas no Nordeste, o ministro diz não haver motivo para preocupação, pois a doença é benigna, tem cura, a febre é baixa, e o maior incômodo é o prurido (coceira), além das manchas vermelhas, não sendo quase necessário que os pacientes tenham atendimento médico ou internação. A preocupação mesmo é com a dengue, porque a dengue mata.
O zika é uma doença viral, que passa sozinha, em geral após 7 dias. Ela se caracteriza por febre, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, inchaço nas extremidades e dor atrás dos olhos, que também podem ficar vermelhos. A transmissão se dá por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, o mesmo da dengue, e há um período de incubação de cerca de quatro dias.
O zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir de amostras em macacos na floresta Zika, em Uganda. O tratamento é baseado no uso de paracetamol para febre e dor. Não há registros de óbitos causados pela doença. Também não há vacinas contra ela. As medidas de prevenção são semelhantes às da dengue e da chicungunha.
Fonte: Mossoró Hoje
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