quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Antecipação do período chuvoso causa um misto de alegria e medo

Um misto de alegria e medo toma conta dos agricultores em todo o interior do Rio Grande do Norte. Em São Miguel, uma chuva de média intensidade acompanhada de fortes ventos registrada durante a madrugada da última segunda-feira (10) naquele município situado no Alto Oeste do Estado acabou estragos em algumas áreas da cidade, sendo que com maior intensidade no Bairro Manoel Vieira e comunidades rurais.

De acordo com informações do blogueiro, Leonardo Ferreira, a chuva teria iniciado logo nas primeiras horas da madrugada da segunda, sem apresentar grande volume pluviométrico, mas seguida de ventos fortes, o que acabou provocando a derrubada de varias arvores nas proximidades da Escola Municipal Alice Pessoa. Além das arvores, o forte vento também acabou arrancando parte do telhado do depósito de armazenamento da Loja de Moveis Eletro Center e de algumas residências.

Conforme o que foi colhido pelo blogueiro em algumas comunidades rurais do município chegou a chover granizo, o que também acabou gerando certa preocupação por parte dos moradores.

Equipe do CORREIO DA TARDE manteve contato com o agricultor, Francisco das Chagas de Souza, que reside em Mossoró, mas possui uma pequena propriedade na zona rural do município. Ele confirmou a versão de outros moradores e disse que na comunidade de São Gonçalo foi registra uma chuva de granizo.

"Caíram varias pedras de gelo. Eu nunca tinha visto algo assim, já que em sua maioria as pedras eram de tamanho médio e causaram estragos", disse o agricultor.

Em recente reunião de meteorologistas sobre a estação chuvosa de 2011 no semiárido nordestino, foi apresentado um parecer, afirmando que sob a regência de La Niña, o inverno deverá ser bom no interior do Rio Grande do Norte. De acordo com os meteorologistas, para o período de janeiro a março de 2011, a maioria dos modelos climáticos indica tendência de chuvas variando de normal a acima da média histórica sobre o setor norte do Nordeste, com distribuição de probabilidades de 35% acima, 45% normal e 20% abaixo da média. Para o Agreste e faixa litorânea, a previsão indica chuvas em torno da média histórica.

Os agricultores acreditam que as abruptas mudanças de tempo, causadas em todo o mundo pela ação devastadora do homem seriam a principal causa desses fenômenos registrados nesse inicio de ano. Desde dezembro, já caíram algumas chuvas acima da média do mês, principalmente nas regiões do Alto e Médio Oeste do Estado. Isso tem provocado um misto de euforia e medo, levando-se em conta as circunstancia com que as chuvas tem sido registradas em alguns municípios.

No município de Apodi, os moradores da zona rural também se mostram divididos entre a esperança e o medo de um inverno intenso. Os agricultores que moram mais distantes da sede do município receberam a noticia anunciada de bom inverno, com um misto de alegria e preocupação.

A alegria vem por conta da chegada das chuvas, época propicia a plantação de culturas próprias na região como feijão, milho, algodão entre outras, mesmo sendo menor o numero de agricultores que ainda insistem no plantio, sofridos pela escassez de chuvas, invasão de pragas, inviabilidade financeira na venda dos produtos oriundos da colheita, a expectativa é de otimismo.
Já a preocupação fica com relação a escoação desses produtos, diante das péssimas condição das estradas da Chapada e a falta de investimentos por parte da administração municipal, no sentido de recuperar essas estradas, já que as chuvas já se iniciaram.

"Ficamos preocupados porque nesse período de chuvas é quase impossível ir a cidade, as estradas estão péssimas, não houve preocupação do poder público em fazer melhorias, ficamos ilhados praticamente sem poder nem sair de casa" disse preocupado um morador da comunidade de João Pedro.

Fonte: CORREIO DA TARDE

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