Bento XVI aprovou decreto que atribui um milagre a seu antecessor.
Papa polonês morreu em 2005 após um pontificado de 27 anos.
O Papa João Paulo II vai ser beatificado em 1º de maio em Roma, informou nesta sexta-feira (14) o Vaticano.
O pontífice Bento XVI aprovou um decreto que atribui um milagre a seu antecessor polonês.
Isso significa que João Paulo II, que nasceu em 1920 e morreu em 2 de abril de 2005 após um pontificado de quase 27 anos, vai virar beato, último passo antes de ser santificado.
A beatificação será feita em tempo recorde, inferior aos cinco anos habitualmente necessários para iniciar o processo.
A rapidez se explica pela "imponente reputação de santidade da qual gozava o papa João Paulo II durant a sua vida, em sua morte e depois de sua morte", explicou o Vaticano em um comunicado.
O milagre atribuído a Karol Wojtyla é a cura aparentemente inexplicável da freira francesa Marie Simon-Pierre, que, desde 2001, sofria do Mal de Parkinson, a mesma doença que acometeu o primeiro papa polonês da história da Igreja Católica.
Vários meses depois da morte de João Paulo II, a freira, que rezava continuamente ao pontífice, se curou da doença.
Apesar de haver 251 supostos milagres por intercessão de Karol Wojtyla catalogados, o postulador da causa, o sacerdote polonês Slawomir Oder, elegeu entre eles a cura da freira francesa.
Bento XVI assinou o decreto durante a audiência concedida no Vaticano ao prefeito regional da Congregação para a Causa dos Santos, Angelo Amato, que lhe entregou toda a documentação do processo de beatificação, já que nos últimos dias os 30 cardeais e bispos que fazem parte desse dicastério aprovaram um milagre por intercessão de João Paulo II.
O processo foi aberto em 28 de junho de 2005. A iniciativa foi de Bento XVI, que não quis esperar os cinco anos de morte estabelecidos pelo Código de Direito Canônico, como ocorreu com a madre Teresa de Calcutá.
Para permitir uma maior afluência de fiéis, os restos mortais de João Paulo II serão transferidos dias antes da beatificação da cripta da Basílica de São Pedro, onde está enterrado, para uma capela do templo vaticano.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse nesta sexta que o caixão do papa polonês não será aberto, mas transportado diretamente da cripta até a capela de San Sebastián, que já está coberta com uma grande lona e onde já começaram os trabalhos de restauração.
Fonte: G1
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