No momento das explicações pessoais, na reunião da Câmara Municipal de Itaú-RN, ocorrida na sexta-feira, 18 de outubro de 2013, a maioria dos vereadores apontou
os atrasos da gestão passada ao RPPS como principal culpado das dificuldades enfrentadas pelo atual gestor, em colocar em dia os repasses do RPPS municipal.
os atrasos da gestão passada ao RPPS como principal culpado das dificuldades enfrentadas pelo atual gestor, em colocar em dia os repasses do RPPS municipal.
No final da gestão de 2012, o administrador deixou de repassar os recursos financeiros referentes aos meses de novembro, dezembro e o décimo terceiro ao RPPS do município de Itaú-RN, encerrando seu mandato com bons olhos para seus seguidores.
Mas a fama de bom moço durou pouco, tudo começou depois da posse do prefeito Ciro Bezerra, a quem daria continuidade as ações da gestão anterior.
Com os recursos em queda, mês a mês, o que parecia perfeito acabou caindo por terra, quando na verdade a quebra de compromisso, vieram à tona, sobrecarregando a máquina pública.
Muitos ainda preferiam e preferem guardar as mazelas da gestão passada em um cofre seguro; algo que aos poucos começa a ser espalhado/descoberto. Diante de tudo isso, encontramos diversos comentários que poderão mudar o jogo político itauense, onde reinava um império, ou uma ditadura hereditária; o tiro saindo pela culatra.
Mas o que realente tem chamado atenção é o fato dos vereadores ter a coragem depois de muito tempo, apontar um suposto culpado para esta crise financeira.
O Município de Itaú-RN passa por dificuldade financeira, onde o atual prefeito precisa fazer manobras em vista de manter tudo sobre controle, enquanto que os seus apoiadores, ao invés de ajudar, torcem e lutam para tudo sair das rédeas.
O Vereador Reikson Brasil, por exemplo, foi o primeiro que teve a oportunidade de apontar a administração passada como culpada pelos problemas que o atual prefeito passa hoje dizendo que o prefeito atual está tampando um buraco que o outro deixou, usando os repasses da prefeitura municipal, comparando o RPPS como o SUS, que no papel aparece como um sistema perfeito, porém não é o que acontece.
Já o Vereador Ítalo Medeiros vai mais afundo na denúncia contra a gestão passada classificando o momento atual vivido pelo prefeito como um caos deixado pelo gestor anterior.
O mesmo não sairá impune pelo crime cometido, fazendo questão de lembrar que os atrasos no RPPS tem uma raiz, que ainda está impune, mas que tomará as medidas legais para que o gestor passado pague pelo crime que cometeu. Acrescentando que o gestor atual deveria ter tomado outra atitude ao invés de pagar os débitos deixados pela administração anterior, dizendo que a Câmara Municipal, os vereadores, ainda tem tempo para fazer alguma coisa contra as raízes deixa lá atrás.
“Lembrando aqui nesta noite, que todo esse caos que está acontecendo aqui neste ano, nesta gestão, tem um começo, tem uma raiz, e essa raiz foi da gestão passada que deixou de ser repassado, novembro, dezembro e o décimo, e como aqui foi frisado, ainda está impune, mas esta casa ela tem o dever, e tem as prerrogativas legais para ainda tomar todas às providências legais, porque, vou dar um exemplo de minha pessoa, se eu entro no crime, eu tenho que ser punido por ele, porque se eu não for punido pelo crime que eu cometi, eu vou cometê-lo mais na frente novamente, então que está casa, Senhor Presidente, tome as prerrogativas legais para que o gestor passado não saia impune”, falou Ítalo.
O vereador disse que o gestor passado não ia mais pagar a conta, porque o prefeito atual com sua bondade já havia pago, que para ele talvez seria o melhor caminho.
“... ele não vem mais pagar a conta, porque a conta foi paga, a conta foi paga pelo gestor atual... pagou porque tinha que ser pago, e pela sua boa vontade, porque talvez é o melhor caminho” disparou Ítalo.
Ítalo disse que o erro do prefeito atual foi ter pago a conta e pedido o parcelamento dos atrasos na sua gestão, podendo ter feito o contrário, pago seus débitos e parcelado o débito da gestão anterior.
“Eu e o colega Jansen falando aqui, talvez a peça do dominó foi mexido errada, talvez se o parcelamento tivesse sido feito da gestão passada era outra coisa. Se o gestor que está atualmente hoje tivesse tomado uma posição. Não, espere ai! Eu vou colocar em dia as minhas responsabilidades, agora vamos estudar como é que pode ser feito o débito que ficou da gestão anterior, então o parcelamento tinha sido feito da gestão anterior, ele tinha ficado responsável pelo seu ato, e o gestor atual talvez ele estivesse com as suas obrigações em dias, mas tudo bem o importante é que as contas foram colocadas em dias perante a lei” Analisou Ítalo.
O Edil aproveito para denunciar o crime cometido pela administração passada, reforçando que os vereadores ainda podem tomar providências, dizendo que se a Câmara de Vereadores não tomar uma atitude, no que depender dele (Ítalo), o gestor passado não sairá impune.
“... que essa Casa Senhor Presidente ainda tem tempo de tomar as suas prerrogativas legais a respeito do gestor anterior que não esquecendo, cometeu um crime e deixou de repassar novembro, dezembro e o décimo, então se depender de mim o gestor passado não vai ficar impune, porque eu vou à promotoria, eu vou até aonde der, para que isso não fique impune, para que sirva de exemplo para os gestores futuros, os gestores presentes e aqueles que vão vir a dez, quinze, vinte anos” disse Ítalo.
Logo após foi a vez do Vereador Márcio Lima que também apontou a gestão passada como responsável pela situação vivenciada pela administração atual. Márcio iniciou elogiando o assessor da casa e parabenizando as sindicalistas pela garra e conhecimento adquirido em relação Lei, porém cobrando dos servidores a falta de interesse quando foi implantado o RPPS, ficando com muitas dúvidas, mas não ouve interesse pela maioria dos convocados na época da aprovação do projeto, onde foram convocados para participar de uma audiência pública para debater sobre o assunto, e mesmo assim, os servidores não compareceram para saber mais sobre o RPPS.
Márcio Lima disse ainda não está votando o projeto por partido, lado A ou B, nem por pressão, que segundo ele, está votando pelo correto, não sendo bem visto, muitas vezes, por não estar de acordo com os projetos que eram apresentados.
O vereador continuou dizendo que muita gente não toca no assunto porque o atraso começou com a administração passada, e hoje querem criticar a atual administração, saindo em defesa quando disse que o prefeito teve uma boa intenção pagando a conta, onde não dizem que foi paga pelo atual gestor.
“Eu acho assim, porque pouca gente toca nesse assunto, porque foi da administração passa. Muita gente quer criticar a atual administração, ai eu defendo, eu defendo porque eu acho que ele teve a boa intenção de pagar dois meses que não era ele que tinha gasto. Vá para Pau dos Ferros para ver o que foi feito em Pau dos Ferros, com as dívidas que ficou lá! Lá num foi paga não, quem quiser que vá pagar quem deixou. Mas como ele teve um bom senso, pagou e o que a gente não ver dizer que foi ele que pagou”. Denunciou Márcio.
Alex Brasil, ao contrário dos demais, preferiu não acusar diretamente a gestão passada, dizendo apenas que o prefeito que se por bondade pagou a dívida do outro, foi um erro que vai pagar caro, dizendo que está a favor do povo, daqueles que votaram nele, não fazendo vontade de alguém, ou obedecendo ordens, pois tem opinião formada e vota os projetos a favor do povo.
Jailson Brito, diante de todo o tumulto gerado em volta do RPPS resolveu conhecer de perto, trazendo as dívidas dos gestores e a relação de todos os que estão aptos a aposentadoria, dizendo que está a favor do povo, agradecendo a Jasen Leite, pelas orientações dada, dando uma chance ao Prefeito Ciro, e que não importa para ele quem ficou devendo, porque ele não fazia parte da administração passada.
Gildo Pinheiro se deteve em justificar as dívidas que são deixadas pelos gestores, gerando uma grande bola de neve, mas para essa bola não aumentar ainda mais, deixou a dívida dentro da gestão atual, quando aprovaram o parcelamento em 36 meses, dizendo que não deve pensar somente no servidor, mas também no município, explicando assim o porquê a câmera preferiu pelo parcelamento da dívida do RPPS, finalizando que a câmara está unida e ninguém pega na mão para mandar aprovar um projeto.
Os vereadores Paulo Moreira, Fáfa Maia e Toinho Galego preferiram falar apenas sobre o porquê da aprovação do projeto, dizendo que também estão para beneficiar o povo, visando o que é seria melhor para o município.
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