O Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) aprovou
por unanimidade o aumento do número de vagas para alunos do curso de Medicina. A partir do próximo Processo Seletivo Vocacionado (PSV) serão ofertadas 60 vagas e não mais 26.
A pró-reitora de Ensino de Graduação, Inessa Linhares, explicou que o projeto pedagógico do curso já previa a ampliação do número de vagas. "Desde o início o curso vem ofertando 26 vagas por ano, embora o projeto pedagógico preveja 52 vagas, mas a semestralidade foi assegurada até que fosse formada a primeira turma. Já formamos quatro turmas e o nosso curso tem conceito cinco no Enade e temos altos índices de aprovações em concursos públicos. Isso mostra a qualidade do nosso curso de Medicina", frisou.
Inessa Linhares destacou ainda que a ampliação de vagas terá apoio de recursos do Governo Federal que tem cobrado o aumento do número de vagas. "Estamos com salas ociosas e temos poucos alunos e muitos professores. Isso mostra que o curso comporta 60 alunos. Dentro desse contexto a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação é a favor do aumento do número de vagas", argumentou.
A professora Sônia Elizabeth Lopes Carrillo, diretora do Departamento de Medicina, falou sobre a questão social que envolve o aumento do número de vagas. "A ampliação das vagas não é nada mais que uma consequência natural. Como temos vagas para alunos de escolas públicas estamos vendo transformações de vidas. Estamos vendo alunos de pais analfabetos chegando ao curso. São alunos que têm muita garra. Se o nosso curso é um dos melhores do país, estamos precisando de mais médicos e tendo essa possibilidade de transformar vidas porque não aumentar as vagas?", questionou.
O curso atualmente tem 160 alunos e o corpo docente tem 62 professores efetivos e 34 substitutos.Também está em discussão a contratação de 24 professores a mais, com 80% deles com carga horária de 20 horas. A decisão ficou adiada para a próxima reunião quando o Departamento de Medicina apresentará a justificativa formal.
Durante a reunião, a professora Sônia Elizabeth adiantou como se darão as contratações. "Esses novos professores não serão contratados de uma vez só, serão convocados ao longo de seis anos e conforme a demanda", explicou.
O reitor Pedro Fernandes destacou a importância da ampliação do número de vagas para a formação de médicos. "Eu me sinto privilegiado em participar de uma discussão como essa. O curso de Medicina tem uma responsabilidade muito grande. A gente conversou com os ministérios da Saúde e da Educação. É para que o Brasil tenha mais médicos", acrescentou.
Via Cidade News Itaú
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