sexta-feira, 14 de agosto de 2015

OAB apela para que pacientes não sejam expostos nas redes sociais

Diego Tobias, presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB, está preocupado com exposição indevida – Foto Wilson Moreno
Diego Tobias, presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB, está preocupado com exposição indevida – Foto Wilson Moreno
A comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Subseção Mossoró) está preocupada com a divulgação de imagens de pacientes nas redes sociais. Ontem pela manhã, durante coletiva de imprensa convocada pela diretoria do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), o presidente da comissão da OAB, advogado Diego Tobias, aproveitou o momento para falar sobre essa preocupação. “Estou horrorizado com forma como as pessoas estão protestando”, afirmou o advogado.

Segundo Diego Tobias, além de ser uma irresponsabilidade fotografar um paciente sem permissão, é um crime e quem o faz está sujeito a processo judicial. “E por ter sido por um sindicato é pior ainda”, ressaltou.
O diretor do Tarcísio Maia, Jarbas Mariano, disse que quando as câmeras foram instaladas um dos questionamentos do Sindsaude era se os pacientes seriam filmados, o que fere o direito do paciente a privacidade. Nesse caso, o diretor conta que foi buscar respaldo no Conselho Federal de Medicina, e Conselho Regional de São Paulo e Paraná, antes de instalar os equipamentos e que inclusive o sindicato foi convidado a verificar a instalação. “Agora o próprio sindicato bota (fotos dos pacientes) à disposição. Isso é um contrassenso”, afirmou.
Diego Tobias disse que é preciso muito cuidado para não expor as pessoas em situações como essas. Ele lembrou que com as redes sociais a disseminação de conteúdo é muito rápida, que é um choque saber do falecimento de um parente através de rede social e que é preciso “respeitar a privacidade das pessoas”.
“O nosso principal objetivo quando divulgamos essas imagens é para que mostrem a situação do Tarcísio Maia para que venha melhorar. O principal direito que o diretor deveria se preocupar era com o direito dos pacientes”, disse o coordenador regional do Sindsaude, João Morais, que questiona o uso das câmeras na unidade hospitalar.
“Nós não conhecemos essas pessoas, mas compartilhamos o sofrimento delas porque poderia ser qualquer pessoa. Ali poderia ser eu”, finalizou João Morais.
Negociação
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Diego Tobias, afirmou ainda, durante a coletiva, que a Ordem irá tentar mediar o impasse entre o sindicato e o Governo do Estado, tendo em vista que a greve já dura mais de 60 dias. “Para tentar resolver da melhor maneira possível”, diz.

Fonte: Gazeta do Oeste 

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