Ao levantar suspeitas de que um time vai entregar o jogo, quem torce ou trabalha com futebol está admitindo que faz parte de uma farsa. No Flamengo, a realidade não permite desculpas. Em vez de transferir a terceiros a responsabilidade por aquilo que deixou de fazer na temporada, o rubro-negro tem todos os motivos para fazer do jogo de domingo contra o Cruzeiro, em Volta Redonda, uma questão de honra e sobrevivência.
Além dos pontos que precisa para extinguir as remotas chances do rebaixamento, os jogadores ainda têm contas a acertar com o técnico Cuca. Em busca de fatores que estimulem o time nesta partida, integrantes do departamento de futebol rubro-negro descobriram que as rusgas do passado podem ajudar. Entre suas duas passagens pela Gávea, Cuca foi um rival indigesto nas sucessivas finais entre Flamengo e Botafogo.
Ao se apresentar como vítima de supostos complôs da arbitragem, o técnico tratava as vitórias rubro-negras como uma farsa. Somadas a dificuldade de relacionamento que teve em 2005, essas declarações fizeram com que sua volta em 2009 fosse cercada de desconfiança de ambos os lados, que nem a conquista do tri estadual conseguiu atenuar.
Enquanto Cuca criticava o elenco pelos cantos, os jogadores faziam o mesmo. "Não vai ser fácil o jogo contra o Cruzeiro", disse o apoiador Renato Abreu, citando as qualidades de um time que briga pelo título e o grau de envolvimento de seu treinador com o ex-clube. "O Cuca conhece bem aqui, tanto o clube quanto os jogadores".
Embora o Flamengo tenha celebrado com a torcida a missão cumprida na vitória de domingo contra o Guarani, o complemento da rodada obrigou o time a se mobilizar outra vez. Mesmo com dois dias de folga até a reapresentação ontem à tarde, ainda não houve tempo para o alívio.
"Festejamos com a torcida porque não é qualquer time que leva 40 mil pessoas numa situação daquela, mas não podemos achar que estamos livres", disse Renato, disposto a deixar o descanso para depois. "Não deu para relaxar porque o objetivo ainda não aconteceu. Temos que saber que é esse o jogo que vai decidir nossa vida".
Numa campanha de raras vitórias e nenhuma atuação memorável do Flamengo, a exigência do bom futebol deu lugar à busca exclusiva pelos pontos que faltam. Enquanto Renato espera apenas a mesma disposição exibida contra o Guarani, quando o time exibiu 'realmente a raça rubro-negra', o técnico Vanderlei Luxemburgo deixa a grande exibição para o ano que vem. "O momento em que a gente atravessa não nos permite pensar nisso. Temos apenas que cumprir o objetivo".
Desde sua chegada, há cerca de 50 dias, o trabalho tem caráter emergencial, em que o regime de treinos e o contato com os jogadores têm sido integral. Quando se esperava que o regime fosse flexibilizado após a vitória contra o Guarani, é hora de voltar ao ponto de partida. Foi em Volta Redonda que Vanderlei estreou com vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO em 7 de outubro.
Na ocasião, houve um treino na cidade antes do jogo. Dessa vez, serão dois já que o time viaja quinta-feira à noite. "A concentração será total", disse o zagueiro Welinton, alheio às suspeitas de que a vitória do Flamengo pode ser recompensada financeiramente pelos times que disputam o título como o Cruzeiro. "Pelo que eu sei, não apareceu nada, né? Mas aparecendo ou não, a gente está preparado para vencer da mesma forma".
Além da mala branca, cheia de incentivos e de folclore, os jogos decisivos são marcados por questões afetivas. Paulista, revelado pelo Corinthians, Renato não consegue esconder sua preferência entre os que ainda podem ser campeões: "Tenho um carinho especial e torço para que tenham um grande fim de ano. Mas em campo a gente não pensa nisso, mas primeiro em nós. Temos um dever a ser cumprido".
No lugar das suspeitas e acusações, usadas por quem não fez sua parte no campo, o Flamengo tem enfim a chance da absolvição. Profissional ou pessoalmente, os rubro-negros têm todos os motivos para vencer o time de Cuca e terminar o ano com alguma dignidade.
Além dos pontos que precisa para extinguir as remotas chances do rebaixamento, os jogadores ainda têm contas a acertar com o técnico Cuca. Em busca de fatores que estimulem o time nesta partida, integrantes do departamento de futebol rubro-negro descobriram que as rusgas do passado podem ajudar. Entre suas duas passagens pela Gávea, Cuca foi um rival indigesto nas sucessivas finais entre Flamengo e Botafogo.
Ao se apresentar como vítima de supostos complôs da arbitragem, o técnico tratava as vitórias rubro-negras como uma farsa. Somadas a dificuldade de relacionamento que teve em 2005, essas declarações fizeram com que sua volta em 2009 fosse cercada de desconfiança de ambos os lados, que nem a conquista do tri estadual conseguiu atenuar.
Enquanto Cuca criticava o elenco pelos cantos, os jogadores faziam o mesmo. "Não vai ser fácil o jogo contra o Cruzeiro", disse o apoiador Renato Abreu, citando as qualidades de um time que briga pelo título e o grau de envolvimento de seu treinador com o ex-clube. "O Cuca conhece bem aqui, tanto o clube quanto os jogadores".
Embora o Flamengo tenha celebrado com a torcida a missão cumprida na vitória de domingo contra o Guarani, o complemento da rodada obrigou o time a se mobilizar outra vez. Mesmo com dois dias de folga até a reapresentação ontem à tarde, ainda não houve tempo para o alívio.
"Festejamos com a torcida porque não é qualquer time que leva 40 mil pessoas numa situação daquela, mas não podemos achar que estamos livres", disse Renato, disposto a deixar o descanso para depois. "Não deu para relaxar porque o objetivo ainda não aconteceu. Temos que saber que é esse o jogo que vai decidir nossa vida".
Numa campanha de raras vitórias e nenhuma atuação memorável do Flamengo, a exigência do bom futebol deu lugar à busca exclusiva pelos pontos que faltam. Enquanto Renato espera apenas a mesma disposição exibida contra o Guarani, quando o time exibiu 'realmente a raça rubro-negra', o técnico Vanderlei Luxemburgo deixa a grande exibição para o ano que vem. "O momento em que a gente atravessa não nos permite pensar nisso. Temos apenas que cumprir o objetivo".
Desde sua chegada, há cerca de 50 dias, o trabalho tem caráter emergencial, em que o regime de treinos e o contato com os jogadores têm sido integral. Quando se esperava que o regime fosse flexibilizado após a vitória contra o Guarani, é hora de voltar ao ponto de partida. Foi em Volta Redonda que Vanderlei estreou com vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO em 7 de outubro.
Na ocasião, houve um treino na cidade antes do jogo. Dessa vez, serão dois já que o time viaja quinta-feira à noite. "A concentração será total", disse o zagueiro Welinton, alheio às suspeitas de que a vitória do Flamengo pode ser recompensada financeiramente pelos times que disputam o título como o Cruzeiro. "Pelo que eu sei, não apareceu nada, né? Mas aparecendo ou não, a gente está preparado para vencer da mesma forma".
Além da mala branca, cheia de incentivos e de folclore, os jogos decisivos são marcados por questões afetivas. Paulista, revelado pelo Corinthians, Renato não consegue esconder sua preferência entre os que ainda podem ser campeões: "Tenho um carinho especial e torço para que tenham um grande fim de ano. Mas em campo a gente não pensa nisso, mas primeiro em nós. Temos um dever a ser cumprido".
No lugar das suspeitas e acusações, usadas por quem não fez sua parte no campo, o Flamengo tem enfim a chance da absolvição. Profissional ou pessoalmente, os rubro-negros têm todos os motivos para vencer o time de Cuca e terminar o ano com alguma dignidade.
Fonte: Gazeta do Oeste
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