Wenderval Gomes
Aldo Rocha, diretor do IAP Cursos destaca que essa é a hora de
intensificar os estudos e buscar uma aprovação o quanto antes.
A reação não poderia ser diferente. “Foi um susto enorme
para todo
mundo”, é o que afirma o concurseiro Carlos Eduardo, em relação à
suspensão dos concursos públicos anunciada por Dilma esta semana. Carlos
tem 24 anos e está há mais de dois
meses se preparando para o concurso público da Universidade Federal do
Rio
Grande do Norte. O jovem concurseiro já partiu de outros e sentiu na
pele os
impactos das primeiras notícias sobre os cortes anunciados pelo governo
na
última segunda-feira (14).
A suspensão de concursos públicos
para os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) faz parte de um
pacote de reajustes no orçamento previsto para 2016 do Governo Federal. Mas, de
acordo com o diretor do IAP Cursos, Aldo Rocha, os concursos que já estão em
tramitação não sofrerão impactos por serem de instituições que possuem
autonomia financeira, e por fazerem parte de um planejamento que já estava autorizado.
“Mais de 10 concursos para os quais nossos
alunos estão se preparando não foram afetados com essa medida”, destaca Aldo.
Apesar disso, o diretor reconhece que 2016 será um ano atípico para os
concurseiros. “Isso é um indicativo que próximo ano nós teremos uma redução nos
concursos públicos federais”.
Segundo o diretor do IAP, é importante que os estudantes se acalmem e percebam que agora é a hora de intensificar os estudos e buscar uma aprovação o quanto antes.
Sobre o futuro dos
concurseiros, Aldo acrescenta que automaticamente e de forma natural as vagas
em instituições públicas vão surgindo e que é inevitável não ter outros processos
seletivos. “O governo é formado por gente, e na hora que não se tem gente, as
instituições não funcionam. Os funcionários continuam se aposentando, morrendo
e as vagas vão sendo criadas. Os concursos não vão parar nunca. Muito em breve
voltaremos à normalidade e os candidatos devem estar preparados”, ressalta.
Alex Mauhel, diretor do Mauhel cursos lembra que o país já passou por situações semelhantes em anos anteriores. “Em 2011, inclusive no mesmo governo, também tivemos uma freada nos concursos, mas depois eles retornaram com tudo. Particularmente não vejo isso com muita preocupação, esse é um momento passageiro e é isso que passamos para os nossos alunos. O concurso é uma batalha e vence quem está mais preparado”, finaliza.
As medidas impostas pelo Governo
Federal apenas atingirão os órgãos federais. Concursos para os
executivos estaduais e municipais, instituições estatais, como Correios e IBGE
e autarquias como universidades federais, poderão ser realizados normalmente em
2016.
A medida, segundo o governo, permitirá uma economia de R$ 1,5 bilhão.
A
suspensão dos concursos públicos em 2016 vai abranger até 40.389 cargos
reservados para "provimento, admissão ou contratação", referentes a
todos os Poderes, ao Ministério Público da União (MPU) e ao Conselho
Nacional do Ministério Público, informou o Ministério do Planejamento
Orçamento e Gestão (MPOG).
Segundo a assessoria de imprensa do
órgão, "não estão suspensos os provimentos (nomeações) referentes a
concursos de 2015, os quais serão assegurados dentro do prazo final de
validade dos certames". As restrições ainda dependem do aval do
Congresso Nacional.
Fonte: No Minuto
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