sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Colombianos presos em Mossoró RN por emprestar dinheiro a juros extorsivos


Agentes da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) de Mossoró prenderam na manhã desta sexta-feira (25), três colombianos suspeitos de crime contra a economia popular.

Eles emprestavam dinheiro com juros que poderiam chegar a 45% em menos de um mês.



“Os juros permitidos por lei são de 2% ao mês, acima desse limite já é considerado crime de Usura, que é crime contra a economia popular. E o caso dos indivíduos que foram presos, estamos calculando que os juros eram entre 20% e 45% em menos de um mês”, contou José Vieira, delegado responsável pelas investigações.

A ação consistia no empréstimo de valores com cobranças diárias ou semanais. Os colombianos panfletavam cartões a vários comerciantes, principalmente do Centro e do Vuco-vuco. Os interessados então ligavam para eles, e eles iam até a casa do comerciante e entregavam o dinheiro.

De acordo com José Vieira, o crime só foi descoberto após uma aprofundada investigação.

“As investigações começaram a partir de uma apreensão do GTO com a Polícia Federal, daí a Polícia Federal fez um ofício e encaminhou para gente e, a partir daí a gente começou a dar cabo a essa investigação. Fomos atrás das vítimas e de testemunhas e, realmente, conseguimos materializar o fato”, destacou.

A operação que resultou na prisão da quadrilha, foi batizada de Hijos de La Plata (Filhos do dinheiro), e tinha como objetivo o cumprimento de quatro mandatos de prisão. Os colombianos estavam no Brasil desde a Copa do Mundo de 2014.

Os três presos foram identificados como Duberney Garcia, Raul Leyton Lopez e Marly Andrea Nieto Escobar. O quarto integrante conseguiu fugir. Com eles foram apreendidos cartões de apresentação, caderneta de contabilidade e cerca de R$ 5 mil, em moeda brasileira e colombiana.


(Reprodução: Josemário Alves)
 

Duberney e Raul serão levados para a Cadeia Pública de Mossoró, e Marly Andrea para o Centro de Detenção Feminino da Penitenciária Agrícola Mário Negócio.

“Como tem uma criança pequena com eles, o advogado vai pedir prisão domiciliar para a mãe da criança”, concluiu o José Vieira.

(Foto: Josemário Alves)
 
 
Fonte: Mossoró Hoje  

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