Aconteceu na sexta-feira (24), a 4ª
Sessão Ordinária do primeiro período legislativo do ano 2015 da 14ª legislatura
realizada pela Câmara Municipal de Itaú, faltando apenas o vereador Márcio
Lima, onde passou-se para o expediente do dia com a leitura do Ofício 036/2015
do Gabinete do Prefeito, Ciro Bezerra (DEM), com apresentação do projeto dispondo
sobre as diretrizes de transição para o primeiro processo de escolha unificado
dos conselheiros tutelares e dar outras providências.
O Projeto foi enviado para as
comissões para análise para que seja votado. Foi lido também o Ofício Circular
005/2015, enviado pela Secretária Municipal de Educação e Cultura convidando os
Edis para a Conferência Municipal de Educação de Itaú-RN, neste dia 05 de Maio,
no CRAS. Na ordem do dia não ouve deliberações.
A troca de farpas entre os Edis dá-se
início no momento das explicações pessoais, e tudo começou quando o Vereador
Jailson Brito resolveu anunciar os feitos do Prefeito Municipal Ciro Bezerra,
onde o mesmo disse achar interessante o prefeito participar de um grupo de uma
rede social, Whatzapp, e fazer declarações aos cidadãos. Jailson leu várias
coisas anunciadas pelo prefeito, dizendo que no grupo há participantes de todos
os partidos (aliados e adversários).
Outro assunto que desagradou o
vereador Paulo foi sobre o RPPS, que segundo Jailson o prefeito colocaria em dia
até julho de 2015.
Chega a vez do vereador Paulo Moira; ele
começou dizendo que ia colocar um requerimento na casa, mas devido a viagem do assessor
jurídico da casa não colocou, pedindo providências a respeito dos plantões dos
médicos do Município que segundo o vereador Paulo, está uma vergonha. Onde o
mesmo se diz não aguentar mais de ir tantas vezes a vizinha cidade de Severiano
Melo, tendo que pedir para atender o povo de Itaú. Acusando o prefeito Ciro de
ir à Rádio Cidade dizer que está tudo em dia, e segundo os médicos, os plantões
estão atrasados, que ao conversar com os médicos o vereador recebeu a
declaração.
Paulo acusou Ciro de estar se
“exibindo” de alguns feitos e esquecer da saúde. Quando são necessários fichas
limitadas para atender os munícipes. Denunciando a estrutura física da
maternidade dizendo que as portas está caindo, chegando a dar nojo, segundo o
vereador. Citando exemplos de pacientes que precisaram dos serviços públicos e
ele (Paulo) teve que pegar seu carro e sair com o paciente.
Sobre o RPPS, Paulo disse que usaram
a inauguração da Creche Modelo para esconder os atrasos do Fundo
Previdenciário, dizendo que os atrasos está se aproximando a quase um milhão de
reais. No final da sessão o Vereador Gildo Pinheiro, a pedido da Presidente do
RPPS apresentou os números reais das aplicações e dos atrasos dizendo que não havia
o exagero apresentado por Paulo de um milhão de reais, onde na verdade os
números reais dos atrasos, entre eles o parcelamento, são de R$ 188.000,00 mil
reais.
Paulo cobrou a fiscalização dos
direitos do povo, por parte dos demais vereadores dizendo que os mesmos não
podem ficar com “a cara pra baixo, ou pra cima, achando que o povo estão
satisfeito com um desmantelo desse”. Deixando no ar palavras um tanto inconclusivas
ou dizer “Eu acredito que o município não precisa ninguém aqui querer saber o
que se pode fazer. Aqui tem muita coisa que está saindo, que já era pra ter
saído. Essa creche (que é muito importante no nosso município) mas aqui já está
saindo atrasado. Os municípios vizinhos, todos os municípios vizinhos já tem
essa creche funcionando, inclusive foram olhar as do vizinho, para começar a
daqui, para terminar a daqui. Tá aí muito importante, é muito importante, eu
aplaudo muito essa creche que é muito importante no nosso município, mas tem
muita coisa aqui, que num vá pensar que está fazendo sonho não, já está ultrapassado
de tanto desmantelo, de tanta enrolada com as coisas”.
O vereador denunciou o atraso nos
pagamentos dos trabalhadores do calçamento do bairro da Parabólica, obras
apresentada pelo vereador Jailson Brito. Dizendo que o povo estava revoltado
com os atrasos. O Edil denunciou também o matadouro público, e que se houvesse
fiscalização o mesmo não funcionava. Denunciando o prefeito de maquiar a
situação do município com essas coisas boas. Dizendo que daqui pra frente vai
cobrar do prefeito.
Jailson fez uso da replica para se
defender das acusações, dizendo que tem coisas apontadas pelo colega vereador
que são verdades, porém defendeu o atendimento dos pacientes nos municípios
vizinhos, dizendo que a saúde está ruim não só em Itaú, mas em todo o Brasil.
Dizendo que o município de Itaú também dar assistência aos municípios de
Rodolfo Fernandes e Severiano Melo, sendo criticado por Paulo ao dizer que: “Só
se foi lá pra André Júnior”.
Jailson disse que estava a disposição
dos munícipes para lutar pelo atendimento ao paciente aos que forem barrados
pelos médicos de municípios vizinhos. Ao falar sobre as obras, Jailson
justificou a conclusão das obras paradas, questionando o vereador Paulo, para
saber onde o mesmo iria ficar nas eleições de 2016, porque o mesmo está falando
de todos, os ex e atuais administradores. Pedindo para que Paulo seja candidato
e seja prefeito, e tente colocar a saúde dos sonhos, fazer todas as obras.
Acusando que o mesmo não pode falar de coisas certas, porque Paulo tem uma irmã
trabalhando em Brasília e recebendo o dinheiro de Itaú, citando que se a mesma
pegasse um avião de Brasília para um aeroporto em Júnior de Dozinho, não daria
tempo ela cumprir a carga horária de trabalho. Perguntando, “E ai Paulo, quem
está certo e quem está errado?
Jailson defendeu o prefeito dizendo
que o Ciro está fazendo o máximo, mas se não fizer é porque não tem condições,
porque o mesmo está com carro e casa financiados, os vereadores estão todos
lascados com empréstimos, passando a imagem de que alguém está roubando o
município. Dizendo que os vereadores estão ali para cobrar as leis, mas se não
é viável, não tem recursos, como pode haver cobranças?.
O Edil aproveitou para dizer que
Paulo se atualize, quando vier fazer uma denúncia sobre o RPPS para não
exagerar, porque os valores são muito menos do que ele apresentou. Destacando
que o mesmo deveria saber ser adversário e bater o pé e não querer mais negócio
com aquelas pessoas. Porque ele (Jailson) para onde quiser ir numa eleição
poderia ir, já Paulo com que cara vai chegar para falar do aliado político?
Fazendo uso de sua réplica Paulo
Moreira se defendeu das acusações de jailson em relação ao RPPS e o atendimento
aos pacientes, justificando o apoio ao atual prefeito e ex-prefeito dizendo que
não sabe quem vai prestar ou não vai prestar, e que está em seu terceiro
mandato e se não tivesse prestado não estava ali, e não estava pedindo favor ao
prefeito, mas cobrando do prefeito, dizendo que se o ex-prefeito deixou alguma
coisa por fazer, Ciro disse na Rádio que recebeu o município todo arrumado e já
se desarrumou de uns dias pra cá? Não querendo saber do dinheiro particular de
ninguém, mas do município. Paulo Denunciou o estado da ambulância, que segundo
ele, nem pneu tem, todos estão carecas, e que a ambulância não consegue chegar
a capital, porque se não “fica no prego”. E sobre sua irmão que recebe sem
trabalhar disse que em Itaú tem muitos nessa situação e não quer saber sobre
isso não, não quer saber de vida de ninguém não.
A coisa foi ficando cada mais quente
a medida que as acusações iam aparecendo. Paulo disse que Jailson adoeceu e
quando chegou na maternidade não tinha médico, o mesmo tem seu carro, pode se
deslocar para ser atendido em outro município. E quem não tem? Questionou ele.
Jailson fazendo uso de sua tréplica e última fala para acusar o vereador de
fazer uso dos carros da saúde, quando tem uma Hilux na porta de casa em bom
estado, quando precisou dos serviços públicos, que segundo Jailson, Paulo
adoeceu e ao invés de usar o seu carro, quando estava com “um carrão, com pneu
bom, bonitão” deixando a maternidade sem médico e sem carro.
Jailson disse que se tem alguém
ganhando em Natal ou em qualquer lugar sem receber, use a consciência e venha
trabalhar ou entregue o cargo, porque o mesmo ficou com a consciência pesada e
voltou a trabalhar.
Paulo sentiu-se magoado quando Jilson
disse que o mesmo não era um mau vereador, porque trabalha, é meio traíra, mas
faz pelo povo. Não concordando com as coisas como político. Paulo disse que
essas palavras ficarão marcadas nele, mais vai esperar o futuro, ao fazer uso
da tréplica.
O Presidente da Casa Vereador Antônio
Dias, disse entender a “discussão” dos Edis, mas que terá que impor limites
impostos pela Lei da Câmara para conter os ânimos, que é de cinco minutos,
encerrando logo em seguida a sessão.
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