Foto: Reprodução
Da redação
Após cinco meses de investigação, a Polícia Civil concluiu que Cristiane Coelho, 41 anos, ex-mulher do subtenente Francilewdo Bezerra, é acusada pela morte do próprio filho Lewdo Ricardo, 9 anos. Logo após a morte do filho, Cristiane teria simulado suicídio.
A ex-esposa do subtenente foi indiciada por homicídio triplamente qualificado por ter assassinado o filho, envenenado o marido e tentado incriminar Francilewdo. De acordo com o Código Penal, por se tratar um homicídio qualificado, Cristiane pode pegar de 12 a 30 anos de prisão, em regime fechado. O tempo da pena pode aumentar de acordo com os agravantes.
De acordo com a Polícia, no dia 10 de novembro de 2014, Cristiane realizou várias pesquisas sobre “como envenenar uma pessoa com chumbinho”. Ela também já havia pesquisado no dia 29 de outubro, duas semanas antes, sobre “veneno para ratos”.
A polícia acredita que Cristiane quis matar o filho por ele apresentar um grau de autismo elevado e sem progresso, o que poderia ser um peso para sua vida. A tentativa de assassinato do marido ocorreu para incriminá-lo e, assim, ela se livrar da culpa. Dessa forma, Cristiane ainda ficaria com a pensão do marido, além do seguro de vida.
“A história que ela queria contar era que o marido teria feito isso (crime) por ciúmes ao amante”, explicou Wilder Brito, delegado do caso.
A polícia suspeita da participação de outras pessoas no crime, já que Cristiane se comunicava bastante pelo celular. Uma das mensagens foi para seu amante Edilson Barros, que mora no Recife, momentos antes do crime.
O CRIME
Na tarde do dia 11 de novembro, a Cristiane teria solicitado ao marido que fizesse compras, e se aproveitou dos itens comprados para executar o plano.
No momento de preparação, após a chegada de Francilewdo em casa, Cristiane pegou o chumbinho (veneno para rato) e colocou no sorvete de morango, o preferido de Lewdinho.
Delegado mostra tamanho do conteúdo do laudo. Só de ligações de Cristiane são 10 mil páginas.
Simultaneamente, esmagou remédio psicotrópico para dar ao marido. Ainda pediu para o filho mais novo, que sempre dormia com o mais velho, ir para o quarto de casal, deixando Lewdinho sozinho para que ele não visse o irmão morrer. Segundo apurou a polícia, Cristiane tomou banho, se perfumou, vestiu babydool e ofereceu vinho ao marido com veneno. Aos poucos, depositou chumbinho nas doses para que o marido não percebesse.
Ao contrário da história contada por ela, expõe Wilder Brito, Cristiane não tomou medicamentos na noite do crime, e assistiu a tudo que aconteceu, inclusive realizando ligações. Após esperar um tempo, ela ligou para a polícia, contando que seu marido havia agredido-a.
Segundo o delegado, Cristiane teria se autoflagelado para demonstrar a veracidade de sua história. Wilder ressaltou que ela nunca apresentou laudos médicos, além de ter protelado bastante a investigação.
Fonte: Mossoró Hoje
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