A
menina de 5 anos do sul da Bahia que perdeu a visão dos dois olhos e
parte do rosto com uma doença não identificada pelos médicos foi
internada para tratamento nesta sexta-feira (27), no Hospital Santo Antônio, pertencente as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador.
Pyetra
Jesus Santana foi levada para Salvador pela mãe no início da semana em
busca de um médico que aponte a causa do problema e ajude a reconstruir o
rosto de menina. Luana Batista dos Santos, prima da mãe de Pyetra foi
quem conseguiu o contato da Osid e ligou para pedir ajuda.
"Eu
liguei para um número do hospital Irmã Dulce sem saber para que servia,
mas contei para a moça que atendeu sobre a situação de Pyetra. A moça
perguntou se eu tinha uma foto para comprovar o que eu estava falando,
aí eu mandei. Então, ela disse que ia passar a situação para a
coordenadora dela e, no dia seguinte, a coordenação do hospital entrou
em contato com Adrielle [mãe da criança], dizendo que Pyetra iria
começar o tratamento hoje [sexta-feira]", explica.
De
acordo com Adrielle do Santos de Jesus, de 22 anos, mãe da criança, a
menina passou pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Roma,
administrado pela Osid, e depois foi transferida para o hospital.
"Viemos para UPA. Ela foi avaliada por médicos, fez curativos, mas eles a
transferiram porque acham que ela precisa passar por um infectologista,
e no hospital tem. Ela vai ficar internada para fazer os exames e a
consulta com o infectologista deve ser amanhã [sábado, 28]", explica
Adrielle.
A
informação da mãe de Pyetra foi confirmada pela assessoria da UPA de
Roma. Com o atendimento, Adrielle diz que agora se sente aliviada e com
esperança de que a filha fique bem de saúde. "Estou muito feliz e tenho
fé de que minha filha vai ficar boa logo. Estou recebendo atenção e os
médicos se mostram dispostos em ajudar minha filha", conta em tom de
alegria.
Problemas de saúde
A
criança nasceu quando a mãe ainda tinha 17 anos, na cidade de Itamaraju,
também no sul do estado. Quatro dias após o parto, Adrielle descobriu
que a bebê tinha doença no coração e que crescia rápido demais.
Meses
depois, soube que a menina poderia fazer a cirurgia em Vitória, Espírito
Santo, e foi para lá. Morou por um ano e dois meses na cidade e decidiu
voltar para a Bahia.
Adrielle
afirma que, após a cirurgia do coração, Pyetra passou a se desenvolver
normalmente. Depois, mãe e filha voltaram para a Bahia e foram morar em
Teixeira de Freitas. "O tempo foi passando e percebi que ela estava
coçando muito o olho direito. Levei na oftalmologista e a médica passou
um colírio, mas, mesmo assim, minha filha ficou cega com um ano e sete
meses. A médica a liberou e disse que não tinha risco de passar para o
outro olho", diz Adrielle.
Segundo
ela, alguns meses depois, a criança começou a coçar o olho esquerdo e
acabou ficando cega desse olho também. "Parecia que era algo que comia o
olho da minha filha. Enquanto isso, eu ia a um monte de médico e
ninguém conseguia descobrir nada. Com o tempo, a coceira passou para a
boca e para o nariz", afirma a mãe.
Ela
conta que um médico em Teixeira de Freitas fez uma biópsia que não
apontou nenhuma causa. "Então ele mandou que eu procurasse um cirurgião
plástico, em Salvador, para que pudessem reconstituir o rosto da minha
filha", contou em entrevista ao G1.
Fonte: G1 via Cidade News
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