Além
da prisão do ex-prefeito de Macau, Flávio Veras, as investigações da
Operação Máscara Negra resultaram na proibição das empresas envolvidas
de serem contratadas pelo poder público. Entre elas, as bandas Grafith e Cavaleiros do Forró.
Em
entrevista coletiva, ontem, em Natal, o Procurador-Geral de Justiça
Adjunto (PGJA) do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN),
Jovino Pereira, afirmou que os suspeitos praticaram crimes como
peculato, desvio de verbas públicas e ausência de licitação, que
resultaram no pedido de prisão de Flávio Veras.
Segundo
apurado pelo MPRN, Flávio Viera Veras seria o grande mentor e
articulador dos esquemas criminosos de desvio de dinheiro público de
Macau, estando no topo da cadeia por ter exercido o cargo de prefeito
durante dois mandatos (2005/2008 e 2009/2012) e ter influência direta na
atual administração municipal. Seria ele também o principal responsável
pelas contratações das bandas que tocaram durante a sua gestão e também
nos anos de 2013 e 2014 além do carnaval deste ano.
Jovino
Pereira ressaltou que apesar de Flávio Veras estar afastado da
prefeitura, as investigações decorrentes da Operação Máscara Negra
apontaram que ele continuava com a mesma influência para praticar os
crimes contra a administração pública. A prisão foi decretada como forma
de garantir a ordem pública e conveniência da instrução criminal em
razão dos fatos denunciados nos últimos meses pela Promotoria de Macau
referentes às investigações decorrentes da Operação.
Esquema
Os
promotores explicaram que o esquema de desvio de verbas públicas incluía
a figura de um empresário interposto local, responsável por intermediar
o contrato da Prefeitura com a banda, superfaturando o documento. Esse
agente atuava ao mesmo tempo como laranja de Flávio Veras, repassando o
valor excedente ao que foi pago à banda, mas também retia uma parte do
dinheiro como uma espécie de comissão para ele.
“As
acusações de agora são todas relativas ao Carnaval de 2011, com uma
cifra de R$ 1,515 milhão. No entanto, as investigações sobre a
realização de outras festas promovidas em Macau continuam sendo
investigadas”, explicou a promotora Isabel Menezes, segundo assessoria
de imprensa do Ministério Público do RN.
Fonte: O Mossoroense via Cidade News
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