Três
pessoas morreram nesta quarta-feira (11), em Sergipe, depois que um
caminhão bateu em 11 carros que estavam parados em fila na BR-101 devido
a um ato do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Na
hora do acidente, ocorrido por volta das 10h, na altura do km 111, em
São Cristóvão (a 24 km de Aracaju), a via estava sendo liberada.
Segundo
a PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Sergipe, o caminhão estava no
início de uma descida e só percebeu em cima da hora que os automóveis
estavam parados.
Além
do caminhão, outros sete carros pegaram fogo. Um homem, uma mulher e uma
criança morreram carbonizados. A PRF não soube dizer se eram da mesma
família.
A polícia afirma que os bloqueios na rodovia eram "ilegais" por não terem sido avisados previamente pelo MST.
Segundo
a assessoria dos sem-terra, houve aviso por e-mail à PRF e divulgação
do ato no dia anterior. O MST afirma não ter culpa do acidente e que se
solidariza com os familiares das vítimas.
Estradas
em ao menos sete Estados foram fechadas nesta quarta pelos sem-terra
como parte dos protestos que ocorrem por todo o país desde a semana
passada.
Manifestações já aconteceram em 22 Estados e mobilizaram mais de 30 mil pessoas, segundo o movimento.
Nesta quarta, os bloqueios aconteceram em Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas, Rio, Paraná e Santa Catarina.
Em
Cascavel (a 498 km de Curitiba), uma praça de pedágio na BR-277 foi
ocupada, e o acesso para os veículos, liberado. Ao menos oito cidades
paranaenses tiveram bloqueios ao longo do dia.
Em
Pernambuco, oito rodovias foram fechadas, e, na Paraíba, cinco. No Rio,
os sem-terra interromperam o trânsito na BR-356, entre Campos dos
Goytacazes e São João da Barra por três horas.
A rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, também foi alvo de protesto.
Em
Minas, as manifestações aconteceram na BR-120, na altura do km 669. Em
Santa Catarina, os sem-terra ocuparam a BR-166, na cidade de São
Cristóvão do Sul. Houve protestos também em São Miguel do Oeste e
Chapecó.
Foram
feitas também ocupações de fazendas (no Distrito Federal), de uma
agência da Caixa Econômica Federal (em Natal) e marchas de trabalhadores
em Porto Alegre e em Maceió. O MST diz ter reunido 4.000 pessoas em
cada uma das capitais.
Fonte: Folha de São Paulo via Cidade News
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