Do G1 RN
Algumas unidades prisionais ficaram destruídas, como esta cela de Alcaçuz (Foto: Divulgação/Sindasp-RN)
"O Estado controla os muros. O interior dos presídios é controlado
pelos detentos". A afirmação é de Henrique Baltazar dos Santos, que é
juiz da Vara de Execuções Penais de Natal desde 1990.
Para o magistrado, a crise que se instalou nos presídios do estado
com rebeliões em série durante oito dias nesta semana não tem a ver com
as más condições das unidades prisionais. "Os presos têm muitos motivos
para se rebelar. Mas essa onda de motins não foi por nenhum desses
motivos. Foi para eles mostrarem quem realmente manda", afirma.
Para a secretária estadual de Segurança Pública e Defesa Social
(Sesed), Kalina Leite Gonçalves, "o sistema prisional do Rio Grande do
Norte era um bomba relógio prestes a explodir. Agora explodiu". A
declaração revela que os problemas no sistema penitenciário do estado
não são recentes, muito menos uma novidade, e que os motins não pegaram o
governo de surpresa.
Na última segunda-feira (16), Kalina Leite passou a responder
interinamente pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc),
responsável pela administração das unidades prisionais potiguares.
"Não é uma surpresa que tudo isso esteja acontecendo. E muito disso se deve à falta de investimentos dos governos estadual e federal no sistema prisional do estado", disse o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, em entrevista na última terça-feira (17), quando o estado passava pelo sétimo dia de rebeliões nos presídios.
"Não é uma surpresa que tudo isso esteja acontecendo. E muito disso se deve à falta de investimentos dos governos estadual e federal no sistema prisional do estado", disse o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, em entrevista na última terça-feira (17), quando o estado passava pelo sétimo dia de rebeliões nos presídios.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário