sábado, 23 de novembro de 2013

Em quatro anos, quase 300 morreram vítimas de câncer infantil no Rio Grande do Norte

Quase 300 meninos e meninas morreram no Rio Grande do Norte vítimas de câncer infantil em no período que compreende os anos de 2007 e 2011. Os dados são do Ministério da Saúde (MS) e foram revelados hoje (22) como forma de alerta para a importância da prevenção da doença, cujo dia de combate é comemorado amanhã em todo o Brasil.
Segundo Severina Pereira, técnica responsável pelo Núcleo de Doenças não Transmissíveis da Sesap, o tipo mais comum de câncer nessa faixa etária é a leucemia. O Estado registrou 93 óbitos neste período em decorrência da doença, o que equivale a 32,86% do total. A incidência é maior nas crianças com até nove anos, que somaram 45 casos. Outros tipos mais incidentes de câncer infantil são os que atingem o cérebro e os ossos, totalizando 133 mortes.

De origem desconhecida, na maioria das vezes, a leucemia é uma doença maligna que atinge os glóbulos brancos (leucócitos). Sua principal característica é o acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea, órgão responsável pela formação das células sanguíneas. A doença age substituindo as células normais que dão origem aos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas.
Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais.
O Hemocentro Dalton Cunha (Hemonorte) desenvolve um cadastro permanente de possíveis doadores de medula óssea. Segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), de 2002 para cá, 20.831 mil pessoas foram cadastradas no RN.
A chefe da Divisão de Serviço Social do Hemonorte, Miriam Mafra explica que os doadores de medula óssea devem pertencer a faixa etária entre 18 e 55 anos, com bom estado da saúde. Não há restrição para grávidas ou quem esteja amamentando, quem teve meningite, anemia ou hepatite tipo A anteriormente à doação, e pessoas tatuadas. Não é necessário estar em jejum e quem ingeriu bebida alcoólica no dia anterior também pode doar.
Quando é verificada a compatibilidade com algum dos doadores, são recolhidas novas amostras de sangue, para que sejam feitos exames mais aprofundados sobre a compatibilidade efetiva, além de se verificar a inexistência de doenças.
Severina Pereira explica que por meio do diagnóstico precoce, é possível executar as ações emergenciais e iniciar logo o tratamento das crianças e também dos adolescentes, para evitar o progresso da doença e ampliar assim as chances de cura dos pacientes.
Por isso, os pais e responsáveis devem estar atentos aos sinais e, realizando sistematicamente exames de rotina em seus filhos.
Quanto aos sintomas, a técnica destaca: dores de cabeça pela manhã com presença de vômito, surgimento de caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não desaparecem, dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças, manchas arroxeadas na pele, hematomas ou pintinhas vermelhas, aumento de tamanho de barriga, brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.
ENTENDENDO O CÂNCER
O QUE É - Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos.  Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
PREVENÇÃO - Nem sempre é possível, mas há fatores de risco que estão na origem de diferentes tipos de tumor. O principal é o tabagismo. O consumo de bebidas alcoólicas e de gorduras de origem animal, dieta pobre em fibras, vida sedentária e obesidade também devem ser evitados para prevenir os tumores malignos.
TRATAMENTO - O tratamento do câncer é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. A principal é a cirurgia, que pode ser empregada em conjunto com radioterapia, quimioterapia ou transplante de medula óssea. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas pelo SUS.
ORIENTAÇÕES - O diagnóstico de câncer traz muitas dúvidas e inseguranças para pacientes e familiares. O INCA criou várias publicações que trazem orientações sobre os tipos de tratamento (cirurgia, radioterapia, quimioterapia), como é o tratamento no INCA e características de cada unidade assistencial (HC I, HC II, HC III, HC IV e Centro de Transplante de Medula Óssea), nutrição, acompanhamento dos pacientes, visitas e direitos dos pacientes.

Para saber mais, acesse o site do INCA, clicando AQUI, e retire todas as suas dúvidas sobre o câncer infantil.
Fonte: Jornal de Fato

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