Leandro tenta na Justiça se matricular |
'Eu
prestei para ver como era, achei que tinha ido mal', diz estudante.
Ação está sendo movida pela família para garantir matrícula em uma
delas.
Quem
sonha em ter curso superior sabe a dificuldade que é ser aprovado no
vestibular e conseguir uma vaga. Agora imagine a situação de um
estudante de São José do Rio Preto (SP) que passou em seis faculdades de
medicina e não pode cursar porque ainda não terminou o Ensino Médio.
Para tentar resolver esse "problema", a família entrou com uma ação na
Justiça.
O
estudante Leandro Bertolo, de 17 anos, prestou e foi "aprovado" em duas
universidades estaduais e quatro federais. São elas: UFSCar, em São
Carlos, interior de São Paulo; UFCSPA, Universidade Federal de Ciências
da Saúde de Porto Alegre; Unifesp, Escola Paulista de Medicina e
Universidade Federal de Santa Catarina. O estudante ainda prestou como
treineiro – e passou– na Unicamp e USP. “Eu prestei para ver como era,
todo mundo dizia que era difícil. Até achei que tinha ido mal, mas
fiquei surpreso com os resultados, deu certo”, comenta o estudante.
Para
a família não teria como ser diferente. A mãe, Eny Bertolo, conta que
desde pequeno Leandro nunca tirou uma nota abaixo de 9. "Ele sempre foi
disciplinado para estudar, sempre quis prestar medicina, sabia que era
difícil e se dedicou”, comenta Eny.
Entre
tantas opções, como fazer a matrícula sem ter concluído o ensino médio?
A família quer garantir que o filho tenha na Justiça esse direito mesmo
sem ter concluído o Ensino Médio. Para isso, uma ação foi iniciada para
garantir os direitos do jovem. O pedido se baseia em uma lei federal
que assegura ao aluno o direito de frequentar o curso, mesmo sem ter
concluído os estudos do colegial.
A
ação está sendo movida para a vaga para a Unifesp, a Escola Paulista de
Medicina.“Infelizmente a primeira avaliação não foi positiva, mas vamos
entrar no Tribunal Superior Eleitoral para uma nova ação", comenta a
mãe. Até que o resultado saia, Leandro continua focado nos estudos. “Se
não der certo eu tento ano que vem”, diz o estudante.
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