O Rio Grande do Norte não contará mais com a fábrica da Ambev a
partir de 2016. O fim das atividades da fábrica no Estado foi anunciado
pela empresa em nota nesta sexta-feira (06), e ganhou destaque no jornal
O Estado de S. Paulo. O motivo para o fim da fábrica foi que a operação
se tornou inviável diante do aumento do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e prestação de Serviços (ICMS) sobre bebidas frias.
“Em nota, a Ambev informou que a desativação
da fábrica será feita de forma gradativa e que as operações devem ser
totalmente encerradas até o final deste ano. A companhia afirma que, com
o fechamento, 300 funcionários diretos serão demitidos. Segundo a
empresa, haverá impacto ainda em 15 mil empregos gerados pela cadeia
produtiva de cerveja”, diz o Estadão.
“A decisão foi tomada após análise dos
reflexos que o aumento do ICMS sobre bebidas frias trará para a empresa
no Estado”, diz a Ambev. “As novas alíquotas, de 29% para cerveja e 18%
para refrigerantes, aliadas ao fim do incentivo fiscal anteriormente
existente no Estado, não justificam a manutenção da operação fabril da
Ambev no Rio Grande do Norte”, acrescenta.
A companhia considera que a alta do tributo
teria que ser repassado aos preços, o que terminaria por afetar a
demanda dos consumidores. “Como a demanda por bebidas é extremamente
sensível a aumentos de preços acima da inflação, isso levaria a uma
queda do volume de vendas no Estado”, diz a companhia. “Diante desse
cenário, a empresa optou por transferir a operação para Estados
vizinhos”, afirma.
Segundo a fabricante, os pontos de venda e
consumidores do Rio Grande do Norte continuarão a ser atendidos, mas com
bebidas produzidas em outros Estados.
Alta do imposto
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do
Norte aprovou no dia 27 de outubro projetos de reajustam alíquotas de
três impostos no Estado. O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS), Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e
Imposto sobre Transmissão de Causa Mortis e Doação (ITCMD).
O fechamento de unidades fabris por questões
tributárias já havia sido uma hipótese levantada pelo diretor
Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Nelson Jamel, em
teleconferência com analistas e investidores na semana passada.
“Dependendo do impacto nos volumes, o primeiro passo é reduzir turnos,
desligar linhas de produção e poderia chegar, sim, ao limite de fechar
fábrica”, declarou ao ser questionado sobre a proposta de aumento de
ICMS para cerveja no Estado de São Paulo.
Fonte: O Jornal de Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário