Um
subtenente do Exército Brasileiro, de 45 anos, é suspeito de assassinar
o filho autista, de apenas 9 anos, com tranquilizantes. Antes, o homem
teria agredido a esposa e a obrigado a tomar a medicação. Depois, ele ingeriu o mesmo remédio tarja preta, com
o objetivo de tirar a própria vida. O caso ocorreu na madrugada de
terça-feira (11), no Conjunto Napoleão Viana, no Bairro Dias Macedo, em
Fortaleza.
Logo após o
fato, o militar identificado como Francilewdo Bezerra publicou uma
mensagem na rede social Facebook. “Temos dois filhos especiais. Vou
levar um comigo. Obriguei ela a beber vinho com seus tranquilizantes
para dormir e não ver o que vou fazer. Me perdoem, família, mas a carga
tá grande demais, e não aguento mais sofrer calado vendo essa mulher se
anular há 10 anos”, conta na publicação.
Ainda na postagem, o subtenente explica que a esposa pediu o divórcio, por tratá-lo como irmão,
e supostamente teria um caso com outro homem. “Sei que ela nunca
escondeu ser casada, e abdicou a vida pelos filhos. Queria morrer ao
lado dela (…) Eu a machuquei muito, eu enlouqueci. Quem ver essa
postagem, veja se ainda há jeito de salvá-la”, diz.
Após
a medicação, a mulher sobreviveu. O filho não resistiu e morreu na
hora. Já o subtenente está internado em estado grave no Hospital Geral
Militar, no Bairro Aldeota, na capital. A polícia informou que o remédio
usado no crime foi um anticonvulsivo tranquilizante tarja preta. A
esposa do militar relatou em depoimento que o filho do casal era autista e que desconhece os motivos de o marido ter cometido tais crimes.
Segundo o delegado Jairo Façanha Pequeno, Diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, o militar foi autuado por homicídio, lesão corporal e por violência doméstica na Lei Maria da Penha.
O caso foi encaminhado ao 16º Distrito Policial, que investigará o
crime. A polícia aguarda a recuperação do subtenente para ouvir o
depoimento.
* Do Uol via Márcio Melo
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