Os tremores de terra, que vem acontecendo desde de 2010 no município de Pedra Preta, estão ocasionando um aumento significativa na falha geológica (sismogênica) no localidade que concentra os epicentro dos tremores no município.
Estudo do Laboratório de Sismologia (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) aponta que a falha de 2,5 km aumentou para 4 km, no período de 2010 a 2013.
Em 2010, o registro era de uma falha de 2,5km, que se estendeu para 4km, o que explica os tremores de magnitude 3,8 na Escala Richter. Os estudos do departamento de sismologia continuam para descobrir o surgimento e aumento dessa falha, pois ainda não é possível correlacioná-la com qualquer falha geológica mapeada na região.
A falha é denominada Cabeço Preto e o LabSis informa que é impossível prevê novos tremores, com essa falha sísmicas. Além disso, alguns resultados indicam que os tremores podem se estender por outras áreas do Nordeste.
Figura 1. Mapa de epicentros (em amarelo) da campanha de 2010/2011. A estrela vermelha, de referência, simboliza o epicentro do sismo de magnitude 3.4 do dia 27/11/2013. Os triângulos azuis simbolizam as estações da rede utilizada.
Os novos dados, da campanha de 2013, estão mostrados na Figura 2.
Figura 2. Mapa de epicentros (em verde) da campanha de 2013. A estrela vermelha, de referência, simboliza o epicentro do sismo de magnitude 3.4 do dia 27/11/2013. Os triângulos azuis simbolizam as estações da rede utilizada.
Os epicentros das campanhas de 2010/2011 e 2013 estão mostrados conjuntamente na Figura 3.
Figura 3. Mapa de epicentros. Em amarelo, campanha de 2010/2011. Em verde, campanha de 2013. A estrela vermelha, de referência, simboliza o epicentro do sismo de magnitude 3.4 do dia 27/11/2013. Os triângulos azuis simbolizam as estações da rede utilizada na campanha de 2013.
Calamidade
A Prefeitura de Pedra Preta decretou situação de emergência, devido aos recorrentes abalos sísmicos que vem acontecendo na cidade. Os tremores provocaram prejuízos em patrimônios públicos e ainda estão obrigando 14 famílias a desocuparem suas casas. O decreto foi assinado nesta quarta-feira (4) e publicado nesta quinta no Diário da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn).
Com o decreto, o prefeito Luiz Antônio Bandeira de Souza espera conseguir apoio para solucionar os prejuízos na cidade. 48 casas já estão danificadas, além disso, o relatório apontou ginásios e escolas danificadas.
Fonte: Jornal de Fato
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