Djair Oliveira lamentou a necessidade de greve
Sem uma resposta do Governo sobre suas reivindicações, os
funcionários do Instituto Técnico-Científico do RN (ITEP) decidiram, em
assembleia realizada na tarde de ontem, quarta-feira (22), paralisar suas atividades
por tempo indeterminado.
A greve está programada para começar no dia três de setembro. A
exigência do sindicato é que a Lei Orgânica e o Estatuto da Entidade sejam
criados e aprovados. “Nós já estamos há mais de três anos com esse projeto e ele
ainda não andou. Agora não existe outro caminho. As nossas reivindicações são
validas”, destacou Djair Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis
do RN (Sinpol),
Nesta quarta-feira (22), o Sinpol comandou uma paralisação de
advertência.Djair lamentou a necessidade de greve, mas lembrou que o Governo
poderia ter evitado todo o transtorno. “Sabemos que a população sofre com tudo
isso. No último dia 14 levamos os projetos para o José Marcelo (consultor geral
do Estado). Afirmamos que se em 10 dias ele nos desse uma resposta nós
pensaríamos melhor sobre a greve, mas ele simplesmente ignorou e disse que não
poderia nos passar um prazo”.
Djar continua: "Na parte da manhã, nós fomos até a Assembleia
Legislativa e recebemos o apoio de vários parlamentares que ficaram de entrar em
contato com o Governo para nos reunirmos com eles, mas não tivemos resposta.
Agora decidimos entrar em greve por tempo indeterminado até que o Governo reveja
sua posição”, frisou Djair.
Como aconteceu na paralisação de advertência desta quarta (22),
a partir do início da greve apenas 30% dos serviços ficarão funcionando em todo
o Estado.
Outro lado
Em comunicado oficial, o consultor geral do Governo, José
Marcelo Ferreira da Costa lamentou a decisão do Sinpol. “Não tenho data para
dar. Se o Sinpol tivesse apresentado o substitutivo em janeiro de 2012, eu
ficaria calado, mas o Governo do Estado não vai ceder a nenhuma pressão. Vou
analisar o processo novamente, o tempo que for necessário. Preciso conhecer
todas as alterações sugeridas. Quem perde com essa greve, que não tem um porquê,
é a sociedade”, destacou.
O diretor geral do Itep, Nazareno de Deus, também se mostrou contrário a
greve e adiantou que quem faltar ao trabalho será penalizado. “O Governo do
Estado tem demonstrado total interesse em criar o Estatuto do Itep, os
servidores sabem disso. O Sinpol tem participado das negociações, mas agora quer
pressionar, exigindo uma data, mesmo tendo passado sete meses para analisar o
documento. A Consultoria precisa de tempo para fazer a análise. Quem faltar ao
trabalho, na sede de Natal e nas Coordenadorias do interior, terá o ponto
cortado e os serviços essenciais serão mantidos”.
Fonte Jornal de Fato
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