sábado, 5 de fevereiro de 2011

Severiano Melo - Moradores da zona rural temem ficar isolados em consequência das chuvas

Os mo­ra­do­res das co­mu­ni­da­des ru­rais de Se­ve­ria­no Melo con­ti­nuam re­cla­man­do da falta de aten­ção das au­to­ri­da­des com re­la­ção a pos­si­bi­li­da­de de iso­la­men­to de di­ver­sas co­mu­ni­da­des. No tre­cho de­no­mi­na­do "cor­re­dor do ria­cho gran­de" desde as chu­vas re­gis­tra­das em 2009 quan­do a pas­sa­gem mo­lha­da foi des­truí­da e em se­gui­da re­for­ma­da só que sem os buei­ros, basta uma pe­que­na chuva para que toda a área volta a ficar ala­ga­da im­pos­si­bi­li­tan­do a pas­sa­gem dos mo­ra­do­res.

Com as chu­vas já re­gis­tra­das esse ano já se pode ob­ser­var a aber­tu­ra de bu­ra­co na ar­ma­ção de con­cre­to que co­me­ça a se de­te­rio­ran­do. A po­pu­la­ção que re­si­de na zona rural do mu­ni­cí­pio afir­ma que outro ponto crí­ti­co que pode vir a ser no­va­men­te iso­la­do na ci­da­de, é a Co­mu­ni­da­de de Santo An­tô­nio, igual­men­te a o tre­cho de cor­re­dor do ria­cho gran­de, esse fica logo na en­tra­da da co­mu­ni­da­de, o mais po­pu­lo­so do mu­ni­cí­pio.

No ano de 2009, a pre­fei­tu­ra pode con­tar com a ajuda dos re­cur­sos des­ti­na­dos pela de­fe­sa civil, atra­vés do go­ver­no es­ta­dual e fe­de­ral, já que foi um dos mu­ni­cí­pios que teve a de­cla­ra­ção de es­ta­do de ca­la­mi­da­de pu­bli­ca e emer­gên­cia.

Re­cur­sos jus­ta­men­te des­ti­na­dos a em­pre­gar as re­for­mas e so­lu­cio­nar o caos ge­ra­do, o que para o ve­rea­dor, Gil­son Car­los (PTB), cer­ta­men­te não ocor­reu, tendo em vista que o di­nhei­ro pú­bli­co seria su­fi­cien­te para ter sido feito as obras com ma­te­rial de boa qua­li­da­de e no, en­tan­to, a si­tua­ção con­ti­nua a mesma.

É nesse clima de in­cer­te­zas, que os mo­ra­do­res da co­mu­ni­da­de de Vila que ala­gou logo nas pri­mei­ras chu­vas re­cla­mam da falta de pres­ta­ção de ser­vi­ços pú­bli­cos, além das casas que foram con­cluí­das re­cen­te­men­te e já co­me­çam a es­tra­gar em con­se­qüên­cia das chu­vas, eles re­cla­ma a falta de co­le­ta de lixo que de acor­do com de­poi­men­tos de mo­ra­do­res do local, acaba con­tri­buin­do para o ala­ga­men­to das ruas. "Como o lixo passa a se acu­mu­lar em al­guns pon­tos, já que não exis­te co­le­ta, a água se acu­mu­la e em pouco tempo esta tudo ala­ga­do", disse Fran­cis­co Silva mo­ra­dor da co­mu­ni­da­de.

Se não já bas­tas­se todo esse cons­tran­gi­men­to, os mo­ra­do­res ainda re­cla­mam da obra de pa­vi­men­ta­ção das ruas. Com as chu­vas de ja­nei­ro as pe­dras do cal­ça­men­to co­me­ça­ram a se des­pren­der do con­cre­to uti­li­za­do para pa­vi­men­tar as ruas e a ca­ma­da de areia uti­li­za­da para aco­mo­dar as pe­dras esta sendo car­re­ga­da pelas as águas e co­me­çan­do a se alo­jar a um nível su­pe­rior a os das casas.

A água que inun­dou a Vila nova co­briu pra­ti­ca­men­te todo o cal­ça­men­to e ainda dei­xou mar­cas no lado alto. As pes­soas se viram num ver­da­dei­ro su­fo­co vendo o que acon­te­cia sem nada poder fazer para aca­bar com o au­men­to do vo­lu­me de água.

Re­la­tos de mo­ra­do­res das casas mais atin­gi­das dão conta de que en­tram em de­ses­pe­ro ao verem seus mó­veis flu­tuan­te na água. Eles per­de­ram ainda os ani­mas como ga­li­nhas e por­cos que não con­se­gui­ram en­fren­tar a fúria das águas.
Fonte: CORREIO DA TARDE

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