A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou hoje (15) a morte de
uma estudante de 22 anos, em Serra Leoa, causada pelo Ebola, um dia
depois de ter anunciado o fim da epidemia. Segundo fontes oficiais e da
própria OMS, a mulher fora internada num hospital de Magburaka, no norte
do país e já próximo da fronteira com a Guiné-Conacri, e acabou
morrendo quinta-feira, depois de os testes terem confirmado a doença. A
mulher, que se encontrava de férias com a família, morreu em casa e a
sua morte foi comunicada a um hospital, que confirmou as causas.
Augustine Junisa, responsável distrital de Saúde de Magburaka, disse aos jornalistas que serão efetuados mais testes ao longo do dia de hoje, visando avaliar se os familiares foram contaminados. Ela apelou à população da região, estimada 40 mil habitantes, para que se mantenha calma.
A
confirmação surgiu horas depois de a OMS ter dado por encerrada a
epidemia de Ebola na África Ocidental, vírus que, identificado pela
primeira vez há quatro décadas, afetou 28.637 pessoas e matou 11.315
delas. Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia
propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, países que
concentraram 99% dos casos, além da Nigéria e Mali.
No comunicado
da última quinta-feira, a OMS admitiu, porém, que o balanço está
subavaliado e advertiu que o risco persiste porque o vírus permanece em
certos líquidos corporais de sobreviventes, principalmente no esperma,
onde pode subsistir até nove meses.
Na quarta-feira, o
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, admitiu a possibilidade
de o vírus poder reaparecer "nos próximos anos", mesmo que a sua
amplitude e frequência devam "diminuir" com o tempo.
A Libéria
foi o primeiro país a ser declarado "livre da transmissão" de Ebola, em
maio de 2015, enquanto em Serra Leoa isso ocorreu em 7 de novembro
último. Na Guiné-Conacri, anúncio semelhante foi feito a 29 de dezembro.
Fonte: No Minuto
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