Foto: Josemário Alves
Por Josemário Alves
O Governo Federal noticiou, em edição extra do Diário Oficial da União, novo corte de R$ 1 bilhão no orçamento da educação.
A medida faz parte do contingenciamento adicional de R$ 8,6 bilhões, anunciado na semana passada.
Segundo especulações, o novo bloqueio de verbas da educação estava previsto em R$ 2 bilhões, entretanto, o governo, alterou a programação inicial optando por não fazer um corte profundo em programas de caráter social.
Para o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural do Semiárido, Joaquim Pinheiro, o corte deve agravar a situação de greve dos professores federais.
“Agora são mais de R$ 10 bilhões em cortes. Dá mais razão à nossa greve pela necessidade de lutar e denunciar à sociedade esse descaso com a educação. Entramos em uma fase de SOS educação pública”, destacou.
A greve dos professores federais teve início no final de maio, em conjunto com os servidores, e reivindica reajuste salarial de 27,3%, defesa da universidade pública contra os cortes na educação e reestruturação de carreira.
Com o slogan "Brasil Pátria Educadora", o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) já havia feito um corte de quase 9,5 bilhões de reais na Educação neste ano, impondo à pasta a desaceleração em vários programas educacionais.
Só na Ufersa, os cortes superam os R$ 12 milhões.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE no início de julho, o professor e diretor da ADUFERSA Thiago Arruda revelou que a situação da Ufersa é crítica.
“O quadro da Ufersa é muito difícil, muito complicado, assim como da maioria esmagadora das universidades no Brasil. Se não tivéssemos em greve, a Ufersa podia estar paralisando agora. Podia estar em condições muito difíceis de manter suas atividades normais com esse corte”, informou.
Sobre o movimento grevista, Joaquim destacou: “Continua e se fortalece com a unificação com outras categorias do serviço público, que também estão em luta contra os ataques governamentais aos seus direitos e ao desmonte do serviço público”.
A greve dos professores federais já conta com a adesão de 39 universidades e 2 institutos federais, segundo o Sindicato Nacional.
Fonte: Mossoró Hoje
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