O
Governo Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) esta semana o
novo protocolo de diretrizes terapêuticas, válido a partir da última
quinta-feira, 23. Dentre outros pontos, o documento estabelece que
pessoas expostas ao risco de contaminação pelo (HIV) tenham acesso aos
medicamentos anti Aids, a chamada pílula do dia seguinte anti Aids, em
qualquer serviço especializado. Em Mossoró, o medicamento está
disponível no Hospital Rafael Fernandes.
De acordo com o setor de
assistência social do Hospital Rafael Fernandes, o tratamento de
profilaxia pós-exposição já era disponibilizado aos pacientes antes do
novo protocolo, assim como em outras unidades especializadas pelo país.
No entanto, conforme publicou o Ministério da Saúde (MS), a publicação
no DOU serve para ampliar o acesso ao medicamento.
Com a
publicação no DOU, o MS informa buscar evitar casos de recusa de equipes
de saúde em fornecer a terapia, sobretudo em relação a pacientes
expostos ao vírus depois de fazer sexo sem proteção.
Embora aliado
no tratamento contra a contaminação pelo vírus HIV, os médicos alertam
que a melhor forma de se prevenir é usar preservativos nas relações
sexuais, verificar se agulhas e equipamentos de corte usados em
procedimentos médicos são descartáveis ou foram esterilizados, além de
evitar compartilhar objetos como alicate de unha.
O tratamento de
profilaxia pós-exposição é feito ao longo de 28 dias, com medicação
controlada. O ideal é que os pacientes procurem o atendimento médico em
no máximo até 72 horas após a exposição ao vírus.
Homens são a maioria entre novos casos de AIDS registrados em Mossoró
Segundo
informações da Diretoria de Vigilância à Saúde (Sinan), da Coordenação
de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids da Secretaria
Municipal de Saúde, foram registrados 275 novos casos de contaminação
pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em Mossoró desde o ano de
2010. Até a última sexta-feira, foram confirmados 36 diagnósticos
positivos da doença este ano na cidade, sendo 27 homens e nove mulheres.
Dos
275 casos de contaminação por HIV registrados desde o ano de 2010,
foram 182 confirmações entre homens e 93 entre mulheres. Eles
correspondem a 66,18% dos novos casos e elas a 33,82%. No entanto, o
número de pessoas com o vírus deve ser ainda maior, pois, muitas vezes,
as pessoas não suspeitam que são portadoras e não procuram atendimento
médico.
Ainda segundo o Sinan, a faixa estaria de 20 a 34 anos é a
que concentra o maior volume de novos casos de Aids em Mossoró. Os
jovens neste grupo compõem 124 das confirmações desde o ano de 2010, o
que equivale a 45,09% dos casos. Já as pessoas com idade entre 15 e 19
anos e os na faixa de 65 a 79 anos são os que apresentam menos casos,
com 11 confirmações em cada grupo.
Podem ser expostos ao risco de
contrair o vírus HIV profissionais da área da saúde, através de um
acidente ocupacional, como entrar em contato com sangue de paciente.
Outro grupo de risco é ainda o das vítimas de violência sexual ou ainda
pessoas que tiveram relação sexual sem uso de preservativo.
Fonte: O Mossoroense
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