terça-feira, 24 de julho de 2012

Reunião entre governo e professores em greve termina sem acordo


Representantes dos professores das universidades federais em greve se reuniram ao longo de toda a tarde desta segunda-feira (23) com integrantes do Ministério do Planejamento, em Brasília. Depois de mais de três horas de conversa, os professores anunciaram que não chegaram a um acordo na reunião.
"Apresentamos nossas propostas. O governo disse que precisa processar tudo o que foi dito e que responderá o mais breve possível. Esperamos que seja indício de que vai continuar negociação", afirmou Marinalva Oliveira, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Professores em greve protestam em frente ao Ministério do Planejamento (Foto: Vitor Matos / G1)
Professores em greve protestam em frente ao Ministério do Planejamento (Foto: Vitor Matos/G1)











A greve foi iniciada em 17 de maio e hoje atinge todas as instituições, com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
Na sexta-feira (13) o governo havia apresentado uma proposta para os professores grevistas. Entre os pontos principais da oferta do governo, está um reajuste de até 45% para os docentes, dividido em três anos. Esse percentual é menor para professores em início de carreira. O governo propôs também diminuir a quantidade de níveis da carreira de professor universitário, de 17 para 13, alegando que assim facilitaria a progressão dentro da profissão.
De acordo com o Andes, as assembleias-gerais das 58 universidades federais em greve recusaram a proposta do governo.
Grevistas e representantes do governo se reuniram em Brasília (Foto: Vítor Matos/ G1)
Grevistas e representantes do governo se reuniram
em Brasília (Foto: Vítor Matos/ G1)
Marinalva Oliveira explicou que, do ponto de vista do Andes, a proposta do governo cria distorções na carreira, já que, na opinião do sindicato, favoreceria apenas uma pequena parcela dos docentes, que são os professores titulares.
"A proposta do governo desestrutura ainda mais nossa carreira. Valoriza um pequeno grupo de professores titulares, que correspondem a 5% da categoria", disse Marinalva. Para ela, a porcentagem oferecida pelo governo a determinados níveis da carreira de professor, acarretaria em perdas salariais para "três quartos dos docentes, levando em conta as projeções de inflações.
Na reunião desta segunda (23) os representantes dos professores não chegaram a apresentar uma contraproposta para o governo, mas explicaram por que não aceitam a proposta original.
A assessoria de imprensa do ministério do planejamento informou que, por ser um assunto extenso, a reunião deve continuar nos próximos dias.
Fonte: G1

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