segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Greve da Ufersa pode iniciar em setembro

Indicativo de greve foi aprovado para o dia 1º; Ufersa possui cerca de 300 professores


Professores da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) participaram de assembleia na manhã do dia 25/08 e aprovaram indicativo de greve para o dia 1º de setembro, nesta quinta-feira. Na ocasião também foram definidas as comissões caso a paralisação seja deflagrada.

De acordo com Edvaldo Ferreira Santos, presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA), no dia 1º haverá assembleia, provavelmente às 9h, para definir o início ou não da greve. O sindicalista afirmou que dependendo das propostas do Governo Federal e da análise da categoria é que haverá uma definição.

Na Ufersa, no campus Mossoró e campi de Angicos e Caraúbas há cerca de 300 professores, segundo a Associação. Entre as reivindicações dos trabalhadores destacam-se: mais atenção para a educação brasileira; mais recursos financeiros para a educação; e definição da carreira dos professores da universidade – que são do magistério.

Com relação a parte salarial, Edvaldo explica que o Governo Federal está oferecendo reajuste de 4% para 2012. “É um valor irrisório, mas o que estamos focando mais é a definição da carreira dos professores”, comentou o presidente da Adufersa.

Já os técnicos administrativos – em greve há mais de 40 dias – em assembleia dia 24 decidiram que farão atividade conjunta na Ufersa na próxima quarta-feira, dia 31. De acordo com Edson Lima, coordenador de Comunicação do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do RN (SINTEST/RN), no site do sindicato a atividade contará com um café da manhã e assembleia/ato. Ele informa que foi criada na assembleia uma comissão de mobilização para esta atividade.

Os alunos da Ufersa também estão se mobilizando. Na manhã do dia 26/08 eles fazeram mobilização com saída da cantina da universidade para o Restaurante Universitário. A iniciativa é do Diretório Central dos Estudantes da Ufersa (DCE/Ufersa) em parceria com o Comando de Mobilização Estudantil de Mossoró (COMEM).

“De lá puxaram assembleia extraordinária. E se os professores da Ufersa entrarem em greve, eles vão puxar greve estudantil também”, disse Luiz Luz, estudante de Ecologia e presidente do Centro Acadêmico de Ecologia da Ufersa e ainda integrante do Comem.

Luiz conta que recebeu o convite para a mobilização do Diretório Central dos Estudantes da Ufersa (DCE/Ufersa) e informou que uma das principais coisas a serem discutidas é relacionada ao Restaurante Universitário, cujo quilo da refeição custa R$ 11,50. “É praticamente o preço de um restaurante normal, um preço absurdo. Quase nenhum estudante almoça lá, só professores e funcionários”, comentou.

Luiz analisa e diz que as reivindicações dos estudantes da Ufersa são bem diferentes das dos alunos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), mas que o Comem apoia os dois grupos.

“Os da Ufersa querem climatização das salas de aula, que são muito quentes. Já os da Uern lutam pela construção ou melhorias das salas. Mas mesmo assim apoiamos também”, finalizou.

Com informações da repórter Daniele Silveira

Fonte: GAZETA DO OESTE


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