Segundo reportagem do Jornal
Nacional,
o autor dos ataques criminosos mora em Carapicuíba, na Grande São
Paulo. Ele foi ouvido pela polícia na segunda (6) e liberado.
O
adolescente vai responder por ato infracional e pode sofrer alguma
medida socioeducativa. A polícia está tentando identificar outros
envolvidos na divulgação de ofensas à jornalista.
Segundo
a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Delegacia de Crimes Raciais e
Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento Estadual de
Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), instaurou inquérito policial.
Para
chegar ao jovem, policiais rastrearam as imagens com as mensagens
ofensivas e fizeram buscas nas redes sociais para identificar as páginas
dos envolvidos. O Decradi também solicitou dados cadastrais e números
de IPs ao Facebook.
Além
da investigação da Polícia Civil, o Ministério Público paulista também
vai apurar o caso. O promotor Christiano Jorge dos Santos abriu um
procedimento investigativo para apurar dois possíveis crimes: injúria ou
racismo. A investigação terá como base os prints dos comentários
racistas feitos nas redes sociais.
No
Rio, por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, o Ministério Público
fluminense solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o
caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática
(DRCI).
Injúria
O
crime de injúria está previsto no artigo 140 do Código Penal e consiste
em ofender a dignidade ou o decoro de alguém “na utilização de elementos
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa
idosa ou portadora de deficiência”.
A pena
pode chegar a três anos de reclusão. Se o promotor entender que houve
racismo, os acusados podem responder pelos crimes previstos na Lei
7.716, de 1989.
Há
várias penas possíveis para racismo, entre elas prisão e multa. O crime
de racismo não prescreve e também não tem direito à fiança.
Comentários racistas
A
produção do telejornal publicou no Facebook, na noite de quinta-feira
(2), uma foto da apresentadora diante do painel da meteorologia, com um
link sobre a previsão do tempo para sexta (3).
Desde
então, diversas mensagens ofensivas e de conteúdo racista têm sido
direcionadas à jornalista nos comentários do post. Em outros
comentários, algumas pessoas saem em defesa de Maria Júlia.
No Twitter, Maju respondeu um comentário agressivo de um internauta. Ela deu um reply e escreveu apenas: "Beijinho no ombro".
William
Bonner e Renata Vasconcellos publicaram um vídeo no Facebook em que dão
um recado, com a equipe do JN. Eles mostraram um cartaz e gritaram
"somos todos Maju". No Twitter, a hashtag #SomosTodosMajuCoutinho chegou
ao topo dos tópicos mais comentados.
Em
dezembro, Maju passou a informar a previsão do tempo no Hora 1, mas de
uma forma diferente, mais conversada, como se estivesse na sala do
espectador. Desde 27 de abril, está no Jornal Nacional.
Fonte: G1 via Cidade News
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