Em meio a todo lixo, polícia encontrou R$ 7,9 mil, em casa de acumuladoras em Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
A Polícia Civil encontrou R$ 7,9 mil em dinheiro no meio de todo lixo
retirado da casa de duas irmãs acumuladoras na Vila Tibério, zona oeste
de Ribeirão Preto
(SP). A limpeza na casa das mulheres começou na semana passada e foi
concluída somente na segunda-feira (2), após a retirada de 35 caminhões de materiais.
Brasília Sueli Guaitilli, de 60 anos, e Marlene Tereza Guaitilli, de 64
anos, foram retiradas do imóvel à força após denúncia da família ao
Ministério Público e internadas no dia 25 de fevereiro no Hospital Santa
Tereza, para tratamento psiquiátrico.
Policiais e funcionários da Secretaria de Saúde e Infraestrutura já
haviam localizado R$ 2,1 mil divididos em sete sacolas, na semana
passada. Entretando, de acordo com o delegado Luiz Geraldo Dias,
responsável pelo caso, após a conclusão da limpeza alguns objetos foram
deixados na casa de Cleusa Guaitlli do Nascimento, irmã das idosas, que denunciou o caso.
"Eram peças de um enxoval que uma delas acumulava em um quarto.
Tentamos não destruir aquilo e deixamos na casa da irmã delas", explica
Dias.
Na manhã de terça-feira (3), Cleusa encontrou no meio do material uma
sacola, aparentemente com papel. Quando abriu, se deparou com mais R$
5,8 mil em cédulas, além de cartões antigos de bancos e anotações de
depósitos em contas-corrente e contas-poupança, o que contabilizou R$
7,9 mil em dinheiro encontrados entre os entulhos.
Dias, no entanto, acredita que mais dinheiro possa ter se perdido em
meio ao lixo retirado da casa das idosas. "Tudo o que elas ganhavam,
elas escondiam em sacolas no meio dos lixos. Era impossível abrir sacola
por sacola, uma vez que tudo estava misturado com comida, sujeira e
fezes de ratos. Acredito que muito dinheiro tenha ido para o lixo",
afirma.
Irmãs acumuladoras foram internadas em
hospital psiquiátrico (Foto: Reprodução/EPTV)
O caso
A situação das idosas foi levada ao MP pela irmã das idosas, Cleusa Guaitilli do Nascimento. “Procurei ajuda para ver se tiravam elas da sujeira, é muito triste ver tudo isso”, disse. Segundo Cleusa, há outros casos do transtorno compulsivo na família.
A situação das idosas foi levada ao MP pela irmã das idosas, Cleusa Guaitilli do Nascimento. “Procurei ajuda para ver se tiravam elas da sujeira, é muito triste ver tudo isso”, disse. Segundo Cleusa, há outros casos do transtorno compulsivo na família.
A partir da denúncia do MP, a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (Samu) retiraram as irmãs da casa. As duas viviam em
situação precária no bairro Vila Tibério. Embora tenham resistido, elas
foram levadas do imóvel, que tinha duas casas no terreno, e encaminhadas
para tratamento psiquiátrico.
Limpeza
Segundo o delegado, a limpeza da propriedade acabou às 15h de segunda-feira, depois de um trabalho envolvendo a polícia, as secretarias de Saúde e Infraestrutura, a Vigilância Sanitária e a Divisão de Controle de Vetores. Ao todo, foram usados 35 caminhões para a coleta das materiais. Dias revelou também que a quantidade de entulho era tão grande - em alguns cômodos, alcançando o teto - que obrigava as idosas a andarem agachadas pelas casas.
Segundo o delegado, a limpeza da propriedade acabou às 15h de segunda-feira, depois de um trabalho envolvendo a polícia, as secretarias de Saúde e Infraestrutura, a Vigilância Sanitária e a Divisão de Controle de Vetores. Ao todo, foram usados 35 caminhões para a coleta das materiais. Dias revelou também que a quantidade de entulho era tão grande - em alguns cômodos, alcançando o teto - que obrigava as idosas a andarem agachadas pelas casas.
A relação do material encontrado em boas condições foi feita por
funcionários da Prefeitura e os produtos serão entregues aos familiares.
Segundo a administração municipal, a equipe de trabalho conta com dez
profissionais da Secretaria de Infraestrutura e 25 profissionais da
Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde.
O inquérito da Polícia Civil deve ser encerrado na próxima semana,
assim que os laudos médicos e da perícia científica forem entregues. O
caso passará a ser acompanhado pela Justiça e pela Secretaria de
Assistência Social, que determinarão o responsável legal pelas
propriedades e os profissionais que farão os acompanhamentos médico e
psicológico das idosas.
Idosa discute com delegado para sair de imóvel com lixo acumulado em Ribeirão Preto (Foto: Paulo Souza/EPTV)
Fonte: G1
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