domingo, 21 de setembro de 2014

Sensores nos pacientes e consultas à distância são tendências da medicina

Mariana Lenharo Do G1, em São Paulo
 Médico Nelson Wolosker, do Hospital Israelita Albert Einstein, Armando Lopes, diretor da Siemens Healthcare Brasil e Joan Hankin, diretora de Tecnologia da Informação de Saúde da Intel, participam de discussão sobre medicina do futuro neste sábado (20) (Foto: Patrícia Sobrinho/Hospital Israelita Albert Einstein) 
Médico Nelson Wolosker, Armando Lopes (Siemens)
e Joan Hankin (Intel), participam de discussão sobre
medicina do futuro (Foto: Patrícia Sobrinho/Hospital
Israelita Albert Einstein)
 
Uma realidade em que pessoas com doenças crônicas usem sensores que sejam capazes de monitorar seu organismo e enviar as informações diretamente para o consultório e até para o celular de seu médico foi apresentada pela diretora de Tecnologia da Informação em Saúde da Intel, Joan Hankin, neste sábado (20), no 1º Fórum Medicina do Amanhã, que acontece no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.


“Estamos presos em um sistema desatualizado de cuidados com a saúde. Quantas das coisas simples pelas quais os médicos veem seus pacientes que poderiam ser feitas à distância, com a ajuda de tecnologia?”, questiona Joan.

No cenário previsto pela Intel, em 2020, um clínico geral vai começar seu dia recebendo os dados coletados em sensores usados por seus pacientes. Ele poderá usar as mídias sociais para parabenizar os pacientes que estão com suas doenças crônicas controladas e para orientar aqueles que precisem de ajuda. Caso um dos pacientes apresente um quadro emergencial, ele receberá um alerta direto em seu celular.


E caso um paciente tenha uma complicação por um ferimento e esteja sendo atendido em outro local por uma enfermeira, ele pode pedir que a profissional encoste um a sonda com um biossensor no ferimento para identificar a genômica da bactéria da infecção.
Para Joan, esses recursos poderiam ajudar os médicos a atenderem mais pacientes em menos tempo. “O número de pessoas precisando de cuidados médicos está aumentando e o número de profissionais não cresce da mesma maneira”, diz.

A maior parte dessas ferramentas permitiria que os cuidados médicos fossem feitos à distância. De acordo com uma pesquisa feita pela Intel em 2013, chamada Intel Global Innovation Barometer Survey, que fez entrevistas online com 12 mil pacientes de vários países, inclusive do Brasil, 57% das pessoas consideram que os hospitais tradicionais vão ficar obsoletos. 75% dos entrevistados afirmaram que estão dispostos a se consultar com um médico por videoconferência e 70% concordariam em usar sensores que ajudassem a monitorar sua saúde à distância.

Segundo a empresa, a maior parte das tecnologias que seriam necessárias para esse tipo de atendimento já estão disponíveis. Mas algumas questões ainda não foram resolvidas, por exemplo, como seria feito o pagamento ao médico que atendesse à distância ou se os pacientes realmente se sentiriam seguros com atendimentos não presenciais.

Fonte: G1 

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