A canonização do beato José de Anchieta, o Padre Anchieta, inicialmente marcada para esta quarta-feira (2), foi adiada para uma data indefinida, segundo a Rádio Vaticano, veículo oficial da Santa Sé. A informação foi confirmada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, ao G1 nesta manhã.
A conferência havia divulgado que o Papa Francisco assinaria um decreto esta quarta, em que proclamaria santo o jesuíta que viveu no Brasil no século 16. A Arquidiocese de São Paulo preparou uma série de atividades para celebrar o dia.
De acordo com o Vaticano, "há 99% de chances" de o decreto ser assinado por Francisco nesta quinta-feira (3), já que está marcado um encontro entre o pontífice e o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, responsável por todos os processos de beatificação e canonização existentes na Santa Sé.
Santo, mas sem milagres
Quando canonizado, Anchieta se tornará o terceiro santo a ter laços estreitos com o Brasil. A primeira foi Madre Paulina, santa desde 2002. Em seguida, Frei Galvão, brasileiro nascido em Guaratinguetá (SP), proclamado Santo Antônio de Sant'Ana Galvão em 2007.
Entretanto, diferentemente de Paulina e Galvão, Anchieta não teve dois supostos milagres que praticou reconhecidos pelo Vaticano. Relatos de mais de 400 anos apontam que eles aconteceram, mas o tempo longo passado desde então impossibilita sua comprovação, segundo historiadores.
A canonização de Anchieta se dará por seu trabalho missionário feito no Brasil, principalmente pela catequização dos índios no período de colonização, além da fundação de missões jesuítas em diversas províncias do país.
Fonte: G1
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