Por 140 a 34, os professores da Universidade Federal Rural do Semiárido aprovaram o indicativo de greve sem data prevista nos quatro campi da instituição. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (24/04) em assembleia geral realizada no auditório Amáncio Ramalho, no campus central em Mossoró.
Filiados ao Andes - Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Nível Superior - os professores da Ufersa decidiram por retomar a greve deflagrada por quase 120 dias no ano de 2012, acompanhando diversas outras instituições federais que já deliberaram o indicativo de paralisação para os próximos dias.
Para o secretário regional do sindicato, José Domingues, o momento político vivenciado pelo país, bem como a realização da Copa do Mundo, é o momento ideal para uma mobilização geral, afim de pressionar o governo. "Desde a greve de 2012, nós não tivemos um momento tão propício para reivindicar nosso projeto de carreira, como agora!", exclamou.
A paralisação tem como principal objetivo, melhorias no plano de carreira dos docentes de universidades federais. Além da Ufersa, diversas outras instituições, como a UFPB e a UFPR, já aprovaram indicativos grevistas.
Secretário do Andes regional, José Domingues |
Contudo, os professores continuam suas rotinas de trabalho, normalmente, até que uma data seja estabelecida para o início da greve efetiva. "Nós não temos um dia definido, por que estamos esperando a reunião nacional que acontecerá em Brasília nos dias 26 e 27 de abril", comunicou Domingues. "Nesta reunião vai ser apresentado o quadro nacional de mobilização, e será discutido o calendário nacional da paralisação", concluiu.
Após a reunião de Brasília, o sindicato se reunirá, novamente, com os docentes da Ufersa em assembleia para anunciar o dia de início da paralisação efetiva. Esta assembleia acontecerá no dia 8 de maio.
Durante a reunião desta quinta-feira (24) em Mossoró, a votação para aprovação da continuidade da greve foi bastante expressiva. Apenas, 5 professores foram contra e 2 se abstiveram, dos mais de 115 que estiveram presentes.
Os votos obtidos nos campi de Pau dos Ferros, Angicos e Caraúbas contribuíram para reforçar o desejo dos professores de reivindicar através de greve.
Fonte: Josemário Alves - Redação SOS Notícias do RN
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