terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Gasolina deve aumentar na próxima semana



O aguardado aumento no preço dos combustíveis no início de 2013 pode sair mais cedo do que se imaginava. Mais precisamente, na próxima semana. A informação foi divulgada nesta terça-feira (15) pelo jornal “O Estado de São Paulo” e, segundo a apuração, que não cita qualquer fonte oficial, a gasolina deve subir 7% e o óleo diesel entre 4% e 5%.

Oficialmente, o governo não confirmou a decisão de elevar os valores na próxima semana. Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional que ocupa interinamente a vaga de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, disse que desconhece qualquer anúncio sobre aumento nos preços da gasolina.

De acordo com a reportagem, a decisão sobre o reajuste, inclusive, já está tomada no Ministério da Fazenda, com o aval do Palácio do Planalto. No entanto, para que o aumento nos postos tenha validade, é necessário o aval do ministro Guido Mantega. O titular da pasta deve decidir o reajuste e as medidas para aliviar o repasse ao consumidor já na próxima semana.

Dentre as medidas analisadas pelo governo, existe a possibilidade de aumentar a quantidade de etanol na gasolina. Neste caso, o percentual passaria a 25% e também deve ser anunciado junto com o reajuste, segundo a reportagem. O aumento na composição da gasolina, no entanto, só deve entrar em vigor quando a colheita de cana-de-açúcar atingir o seu pico, o que deve ocorrer no mês de junho. A meta do governo com tais medidas é evitar uma piora nos índices de inflação.

Além disso, o aumento no percentual da gasolina ainda aliviaria a pressão do governo em importar o combustível, que foi um dos responsáveis diretos pelo déficit na balança comercial brasileira no início de 2013, anunciada ontem (14).

O aumento nos preços dos combustíveis é bastante esperado pela Petrobras, já que a estatal anunciou, em 2012, a intenção de elevar os investimentos internos em tecnologia e exploração de petróleo. A meta da companhia é investir entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões em 2013.

Vale destacar que no ano passado, antes do reajuste de 7,8% nas refinarias que não foi repassado às bombas (o governo zerou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Graça Foster, presidente da Petrobras, afirmou que o valor do combustível estava defasado em 15%. Agora, na iminência do aumento nos postos, a redução de outros tributos, como PIS/Cofins, poderá aliviar o impacto no bolso dos consumidores. 

Fonte: DN Online via Cidade News Itaú

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