Os trabalhadores da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), unidade Mossoró, realizaram ontem pela manhã uma paralisação de advertência. Cerca de 90% dos funcionários aderiram à manifestação. A ação tem como objetivo buscar melhorias de trabalho, além do reajuste salarial de 12%.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Elétricas e Empresas Prestadoras de Serviços no Setor Elétrico e Similares do Estado do Rio Grande do Norte (Sintern), Paulo Barateiro, disse que essa é apenas uma parada de advertência, mas caso as negociações não caminhem, a classe trabalhista poderá decretar greve.
"Essa é uma parada de advertência, para alertar a empresa de que se por um acaso ela não avançar na negociação desta sexta-feira (31) e na que será realizada dia 4 no Rio de Janeiro, logicamente vamos realizar uma greve geral. Logicamente, esse não é o objetivo dos trabalhadores, mas infelizmente já tivemos cinco rodadas de negociação e praticamente não entrou um centavo de aumento para os trabalhadores", explicou Paulo.
Ele ainda destaca que mesmo a empresa apresentando um lucro de R$ 63,3 milhões, está relutando em dar o aumento aos empregados.
"Os trabalhadores estão ressentidos e humilhados pela forma que a Cosern os está tratando. Nós estamos na data-base, sendo assim negociamos um acordo coletivo que envolve cláusulas como o reajuste salarial, aumento real de salário, pagamento de perdas, vale-alimentação, que por sinal este ano a empresa quer tirar o talão de vale-natalino. Temos um abono, que ano passado foi pago R$ 1.300,00 e este ano estão querendo retirar, em vez disso estão nos oferecendo apenas uma cesta básica", relatou o vice-presidente.
Até o dia 4, caso as negociações não caminhem, o sindicato está decidido a decretar a paralisação geral das atividades. Desta forma, a empresa irá funcionar com quadro de funcionários reduzido e apenas atenderá casos emergenciais.
FONTE: O MOSSOROENSE
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