O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Marinha, Exercito,
Companhia das Docas, Aeronáutica, segundo o secretário de saúde Luiz
Roberto Fonseca, da Saúde, está atenta para acompanhar e socorrer no
caso de haver necessidade, pessoas com sintomas de febre hemorrágica
ocasionada pelo vírus ebola no litoral do Nordeste.
O
secretário Luiz Roberto começou a entrevista afirmando que não tem como
impedir a chegada de pessoas com o vírus abola no Brasil. Ele
acrescenta que os sintomas desta febre que mata 60% das pessoas
acometidas com esta doença, são iguais ao da malária.
Para se prevenir, nos últimos trinta dias aconteceram um série de
reuniões entre autoridades da Marinha, Exercito, Aeronáutica, Capitania
dos Portos, governo do estado e Ministério da Saúde, tratando do
assunto. “Os capitãs dos navios e pilotos de aviões estão orientados
para, no caso de aparecer alguém com estes sintomas, adotar os
protocolos internacionais para o ebola/malária e acionar as equipes em
terra no Rio Grande do Norte”, diz Luiz Roberto.
No Rio Grande do Norte, o secretário Luiz Roberto Fonseca disse que
como legado imaterial da Copa do Mundo ficaram equipes treinadas e
equipamentos específicos (contêineres UTI) para lidar com situações de
epidemiologia, acidentes/ataques químicos e biológicos. “Estamos
preparados, mas é importante destacar que este quadro no Brasil é
tranquilo”, lembra.
As principais portas de entrada do ebola no Brasil são aeroportos e
portos. No caso do Rio Grande do Norte, as autoridades estão todas com
os cuidados voltados para o Terminal Portuário de Areia Branca, aonde
inúmeros navios africanos veem buscar sal. Os tripulantes destas
embarcações não tem acesso aos servidores do Porto. No caso, os
comandantes das embarcações estão orientados a pedir ajuda no caso de
suspeitas surgirem.
Em Areia Branca, a prefeita Luana Bruno disse ao De Fato.com que o
quadro preocupa o cidadão areia branquense mais em função do que é
noticiado do que de fato pelo risco de chegar alguém ao Porto Ilha
precisando de socorro em função de contaminação por ebola ou outra
doença. "Tivemos reuniões com a Marinha, com a Capitania, com o Governo
do Estado e estamos atentos a questão", diz a prefeita.
O governo brasileiro não pode negar socorro a um tripulante destas
embarcações que esteja com sintomas de ebola ou qualquer outra doença.
No caso, o socorro deve ser imediato. Ao primeiro sinal emitido pela
embarcação de tripulante com os sintomas, as equipes de terra da Marinha
e Capitania, já preparada com equipamentos de segurança, vão ao
encontro do navio, para já ofertar os primeiros socorros ao paciente e
encaminha-lo ao Rio de Janeiro.
Segundo Luiz Roberto Fonseca, nas reuniões realizadas com a
Aeronáutica, Exercito e Ministério da Defesa ficou acertado que duas
aeronaves da Força Aérea Brasileira ficariam a disposição para o
transportes de pacientes com suspeitas de ebola de qualquer lugar do
Brasil para o Rio de Janeiro, aonde tem o local adequado de tratamento.
“Aqui, do RN ao pernambuco, quem vai socorrer e transferir somos nós”,
destaca o secretario Luiz Roberto.
Para atender a uma possível demanda neste sentido, o secretário Luiz
Roberto disse que a governadora Rosalba Ciarlini destinou R$ 400 mil
para comprar equipamentos de proteção individual e preparação
(envelopamento) das ambulâncias do SAMU. “Já temos a ambulância da Copa
do Mundo, o contêiner UTI e o mais importante, o treinamento das equipes para lidar com este tipo de ocorrência caso venha a acontecer”, acrescenta.
É importante informar que as equipes treinadas para tratar de pacientes com suspeitas de ebola serão monitoradads.
Diante do quadro, o secretário Luiz Roberto declarou que: “a preocupação com o ebola no Rio Grande do Norte é moderada"..
Fonte: Jornal de Fato
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