O Ministério da Saúde informou neste sábado (11) que o exame do
paciente suspeito de infecção pelo vírus ebola teve resultado negativo. A
confirmação, no entanto, só deve ocorrer após um segundo exame
comprovar que o paciente realmente não tem o vírus, informou o
Ministério. O estado de saúde de Souleymane Bah, de 47 anos, é bom e ele
não apresenta febre. Ainda de acordo com o ministério, ele está em
"isolamento total" no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas,
no Rio de Janeiro (RJ).
A Guiné, país de origem do paciente, é um dos três países africanos
onde ocorre transmissão intensa de ebola no momento, ao lado de Libéria e
Serra Leoa. A epidemia já matou 4.033 pessoas, de acordo com balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.
Souleymane Bah sairá do isolamento se o segundo exame também excluir a
possibilidade de contaminação pelo vírus. Uma nova amostra de sangue
será colhida no domingo, e também será enviada para o Instituto Evandro
Chagas, no Pará.
"Ele confirma que na Guiné não teve contato com casos nem com óbitos
e que, quando desceu no aeroporto, ele foi entrevistado pelas
autoridades sanitárias e não tinha nenhuma queixa", explicou na
sexta-feira o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, disse que ninguém
mais no Brasil precisou ficar em isolamento por causa da suspeita de
ebola. "Nem mesmo os três profissionais que tiveram contato com ele,
porque não tiveram contato com secreções", disse.
Bah saiu da Guiné no dia 18 de setembro e chegou ao Brasil no dia 19,
depois de uma escala em Marrocos. O africano seguiu de ônibus para a
Argentina e, ao entrar novamente no país, pediu refúgio no posto da
Polícia Federal da cidade de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina. No
dia 24, foi para Cascavel, no Paraná, onde se hospedou em um albergue
com outros dois africanos.
Nesta quinta-feira (9), procurou uma Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) em depois de apresentar febre. Ele relatou que o sintoma começou
na quarta-feira (8).
Nesta sexta-feira (10), o guineano foi levado para o Rio de Janeiro em
um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e encaminhado ao Instituto
Nacional de Infectologia Evandro Chagas, ligado à Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), referência em doenças infecciosas.
Bah chegou ao Brasil na condição de refugiado e, de acordo com o
documento expedido pela Coordenação Geral de Polícia de Imigração, pode
permanecer no país até 22 de setembro de 2015.
Fonte: G1
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