No dia em que uma pesquisa eleitoral apontou que Marina Silva venceria as eleições presidenciais no segundo turno, a candidata do PSB mirou os ataques ao Governo Dilma Rousseff (PT) durante o primeiro debate entre os concorrentes, na noite desta segunda-feira, na Rede Bandeirantes, em São Paulo. A socialista disse que o Brasil apresentado por Rousseff é “quase cinematográfico, não é o Brasil que existe”. A mesma linha foi seguida pelo outro oposicionista, Aécio Neves (PSDB): “Temos agora uma extraordinária oportunidade de confrontar o mundo real com o mundo imaginário. O sonho dos brasileiros hoje é morar em uma propaganda do PT”.
A petista, por sua vez, não entrou no embate contra Marina, só com Aécio. Ela se contentou em defender sua gestão de críticas econômicas e das acusações contra a administração da Petrobras. Rousseff quis vincular Aécio ao governo de seu correligionário Fernando Henrique Cardoso dizendo que em oito anos, ele quebrou financeiramente o Brasil três vezes. “O seu partido [PSDB] cortou salários e deu tarifaços”, disse a petista ao tucano a quem acusou que tomaria medidas impopulares como o corte de empregos.
Uma das poucas críticas diretas a Marina foi feita por Aécio, que disse não ver coerência no discurso dela sobre a nova política, já que não subirá no palanque de Geraldo Alckmin (PSDB) para o governo de São Paulo, mas que gostaria de governar ao lado de José Serra (PSDB), a quem recusou apoiar no segundo turno das eleições de 2010. Marina respondeu afirmando que seu objetivo é combater “a velha polarização [entre PT e PSDB] que há 20 anos constitui um atraso para o nosso país” e governar ao lado dos bons quadros de qualquer partido. Para exemplificar essa sua postura, Marina elogiou dois ex-presidentes, Cardoso e Lula. “O Lula não foi gerente, foi um homem de visão estratégica. O FHC não é um gerente, é um acadêmico com visão estratégica”
Fonte: Robson Pires
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