Blog do César Santos
A dez dias do início do prazo para as convenções partidárias das eventuais eleições suplementares para prefeito de Mossoró, ainda não é possível afirmar, com segurança, se o pleito será realizado.
Pesa contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), a posição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), expressa por seus ministros, de que nova eleição só pode ser realizada depois do processo de cassação de mandato do eleito em 2012 transitar em julgado.
Aliás, decisão que já foi tomada, em relação a Mossoró, pelo presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello, quando suspendeu as eleições marcadas para o dia 2 de fevereiro último.
Vale ressaltar que, em sua decisão, Mello realçou a situação financeira do Judiciário, deixando a entender que não existe orçamento para um pleito que envolve universo de mais de 160 mil eleitores.
Ressalte-se que até aqui o TRE-RN não pediu orçamento ao TSE, portanto, ainda não existe a verba carimbada para pagar as despesas das eleições.
Pois bem.
Saindo da incerteza jurídica, é possível esboçar o quadro politico-eleitoral, diante das últimas decisões tomadas pelos grupos envolvidos. Veja:
1 – O prefeito interino Francisco José da Silveira Júnior (PSD) será candidato. Terá o apoio do PT, PV, PDT, Pros, Solidariedade e parte do PMDB, liderada pela ex-prefeita Fafá Rosado, hoje consorciada com a gestão municipal. Silveira terá como vice, muito provavelmente, uma indicação de Fafá, que deverá recair sobre o vereador Francisco Carlos, do PV.
2 – O rosadismo, grupo liderado pela deputada federal Sandra Rosado (PSB), vai com a candidatura da deputada Larissa Rosado (PSB). A socialista fará aliança com o PMDB dos Alves, que provavelmente indicará para vice o vereador Alex Moacir. Além disso, Larissa terá a simpatia de uma parte do PDT que não seguiu para os braços de Silveira e de outras siglas nanicas.
3 – Cláudia Regina será a candidata do DEM com total e irrestrito apoio da governadora Rosalba Ciarlini. E terá como vice um nome que certamente fortalecerá a chapa, além de agregar valor para as eleições de outubro deste ano.
Esses três pontos parecem definidos e muito dificilmente mudarão de cenário sob o ponto de vista político. Agora, resta saber se a Justiça Eleitoral permitirá que Cláudia e Larissa sejam candidatas, uma vez que ambas tiveram os mandatos cassados e perderam os direitos políticos por oito anos.
Parece certo que a justiça de primeiro e segundo graus negarão os registros de candidaturas de ambas, devendo a decisão final ser transferida para a Corte Superior.
Fonte: Jornal de Fato
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