Começou nesta sexta-feira (2) a programação oficial do Festival Gastronômico e Cultural de Martins, cidade serrana da região Oeste do Rio Grande do Norte. Com expectativa de atrair 10 mil pessoas nos três dias de evento, a organização da 10ª edição do festival já contabiliza bons resultados para a economia. Com 100% da rede hoteleira ocupada, as casas dos próprios moradores estão sendo alugadas para atender a demanda e aumentar a renda das familias.
Na primeira noite do evento, os turistas e moradores da cidade contaram com degustação de vinhos, oficinas de culinária, feira de artesanato, feira do livro e a presença de seis restaurantes de Natal e Baía Formosa. De acordo com Luzia Scapini, produtora geral do festival, a 10ª edição do evento está trazendo bons resultados para a economia da cidade, principalmente no setor de turismo. Durante o período de realização do evento, todas as 17 pousadas estão com seus leitos ocupados e 25 casas foram alugadas para comportar a demanda.
Luzia explica que na primeira edição do evento, a cidade possuía apenas duas pousadas e dois dormitórios, mas isso mudou. “Hoje em dia, o turista tem a opção de se hospedar na casa dos moradores, o que movimenta a economia da cidade e melhora a renda da população também”, afirmou. Esse tipo de hospedagem ocorre através do programa “Cama, Café e Rede”, desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Através de um cadastro junto ao site da prefeitura de Martins, os moradores podem disponibilizar suas casas para alugar e os turistas negociam diretamente com os proprietários. A temporada em uma casa durante o festival, pode custar para o visitante entre R$ 450 e R$1.500.
Para a aposentada Elita Raulino Barreto, que aluga sua residência desde a 1ª edição, essa é uma forma de aumentar a renda de casa. Diferente de outros imóveis onde o proprietário sai, para dar alugar aos turistas, Elita prefere ficar no local. Ela informou que a rotina muda, mas o retorno financeiro recompensa. Durante a semana do Festival, ela recebe R$ 1 mil, pela locação. “O grupo que fica hospedado na minha casa é o mesmo todos os anos. Considero eles como parte da família e fico aqui para ajudar”, justificou.
Uma das hóspedes da casa, a decoradora Vera Maria, falou que a diferença está no atendimento. “Eu me sinto como se estivesse em casa. Eu posso fazer a minha própria comida e ninguém reclama”, declarou. Para o produtor Fernando Rocha, que já utilizou esse tipo de opção em outras edições, o ambiente familiar foi o diferencial para não trocar por uma pousada ou hotel. “Quando eu saio de casa e venho para o festival, sei que estou indo para minha outra casa”, declarou.
A lista completa das 59 casas cadastradas no Programa “Cama, Café e Rede” pode ser acessada no site da Prefeitura de Martins.
Fonte: G1 / RN
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