O setor de festas cresce a cada ano no Brasil, e os empresários buscam novas ideias para se destacar nos negócios. Em São Paulo, empresas usam a imaginação e criatividade para criar decorações e esculturas surpreendentes com balões.
Há mais de dez anos, Luiz Carlos Silva conheceu essa arte para decorar festas infantis. Ele fez um curso para aprenderas técnicas básicas e com pouco investimento entrou no mercado.
“A gente começou em torno de R$ 1.000 para comprar os primeiros equipamentos infladores, medidores, os primeiros pacotes de balões e algumas bases de sustentação”, conta o empresário.
O trabalho começa pela escolha do tema da festa. O cliente passa as informações, como a idade do aniversariante, o espaço do buffet, e o empresário dá início à criação das peças.
Primeiro, o modelo de decoração é desenhado no computador, onde são definidas as medidas e as cores do cenário de balões.
“A gente vive o dia a dia criando coisas novas para entregar para o mercado sempre uma surpresa, sempre algo personalizado para quem escolher o nosso trabalho”, diz Silva.
Depois do projeto aprovado, é hora da fase prática. Na linha de produção trabalham seis funcionários. Primeiro, é feita a montagem das estruturas metálicas – tubos em alumínio que dão sustentação às esculturas.
A decoração é montada com dezenas de balões dos mais variados formatos. Cada projeto tem uma finalidade específica. Para que os balões fiquem na medida certa tem um segredo: depois que cada um deles é inflado, o funcionário testa o tamanho em um medidor. O molde só serve para balões redondos e há vários tamanhos.
“[Se não couber] volta para a máquina e nós inflamos mais um pouco. Caso o balão passe um pouco do tamanho, nós murchamos ele”, explica o funcionário de Silva.
Um a um, os balões são encaixados pelos funcionários, que montam as esculturas com rapidez e habilidade. Depois de tudo pronto, é só cobrir as esculturas e carregar o caminhão de entrega. Atualmente, o empresário Luiz Carlos Silva faz de 30 a 35 festas por mês.
“A gente definiu festas infantis de alto padrão, atendendo a classe A e B com festas infantis de maneira mais elaborada, com esculturas mais complexas para atender o sonho da mãe, do pai ou da criança”, explica Silva.
No dia da festa, o empresário acompanha a montagem dos cenários no buffet. Ele e os funcionários chegam de 3 a 4 horas antes do evento para cuidar de cada detalhe. Depois que a decoração com balões é montada, o empresário verifica se está tudo certo e aproveita para registrar.
“As fotos são fundamentais para registrar aquilo que a gente está querendo vender. Na arte com balões as pessoas ainda imaginam no Brasil que são arcos feitos nas portas dos buffets. A gente faz muito mais do que arcos, a gente faz grandes estruturas, então a gente precisa registrar isso para passar para o cliente depois aquilo que ele pode comprar”, fala.
Claúdia Medveder contratou os serviços do empresário para deixar o aniversário da filha Layla, de 5 anos, mais colorido. Ela gastou cerca de R$ 2 mil com a decoração.
“Acho que desde a infância as pessoas adoram balões, então eu acho que as crianças ficam meio fascinadas com isso, elas querem mexer, ficam encantadas, querem tirar foto e tudo”, diz Cláudia.
Estima-se que o segmento de festas infantis movimenta, por ano, no Brasil, cerca de R$ 500 milhões. Só na cidade de São Paulo, são realizadas 200 mil festas por mês. Com o mercado de decoração com balões, Luiz Carlos Silva fatura hoje R$ 990 mil por ano.
“A gente está atuando desde 2001 e crescemos em torno de 20% ao ano”, revela Silva.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário