O fornecimento de energia do Hospital da Solidariedade, mantido pela Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), foi restabelecido ontem, 10. A medida foi possível graças a um grupo de funcionários e médicos que tiraram dinheiro do próprio bolso e pagaram a conta, para que o tratamento contra o câncer fosse mantido a partir dos serviços instalados na unidade.
A energia no Hospital foi cortada na última terça-feira por falta de recursos. De acordo com o oncologista Cure de Medeiros, por sorte a máquina de radioterapia não sofreu nenhum dano por causa de um dia sem energia.
"As máquinas do serviço de radioterapia precisam ser ligadas todos os dias e também precisam ficar em um ambiente com ar-condicionado. Graças a Deus, não houve nenhum problema, mas os riscos de prejudicar a máquina pela falta de energia são enormes", frisa o médico, destacando que a compra deste equipamento foi fruto de um investimento alto.
Ele reforça que com o restabelecimento da energia, as forças da Liga serão concentradas para lutar pelo credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e cobrar da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) o valor prometido para a unidade, a fim de que o Hospital da Solidariedade possa iniciar a funcionar.
Cure de Medeiros explica que o investimento para a implantação do hospital foi muito alto com a compra de equipamentos, contratação de pessoal, entre outros. Porém, a unidade ainda não entrou em funcionamento porque falta um gerador e o valor de R$ 125 mil prometido pela Prefeitura.
Reunião sexta-feira buscará solução para pendências da Prefeitura
O diretor do Centro de Oncologia de Mossoró, Cure de Medeiros, e a controladora da Prefeitura, Fátima Marques, se reúnem sexta-feira (12), em local e horário a serem decididos, para discutir resolução de pendências do município que estão prejudicando o tratamento de pacientes com câncer de Mossoró e região, na unidade, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Cure de Medeiros conta que foi procurado por Fátima Marques para marcar a audiência, na qual se espera resolver entraves que provocam morosidade na realização de exames e atraso de repasses financeiros da Prefeitura para custeio de serviços do Centro de Oncologia.
Enquanto essas questões não são resolvidas, o diretor vem usando da habilidade como gestor para manter o atendimento. Segundo ele, a UTI não corre mais risco de parar, por enquanto, porque os profissionais foram pagos com recursos relativos a serviços hospitalares.
A estratégia foi usada para garantir a continuidade do serviço, sem mais prejuízos aos usuários. "Mas a lentidão dos exames precisa ser resolvida com urgência, porque atrasa o diagnóstico e compromete o tratamento dos pacientes", alerta.
Cure de Medeiros também reivindica o pagamento dos R$ 125 mil prometidos há tempos pela Prefeitura de Mossoró para o Hospital da Solidariedade e a conclusão do processo de credenciamento da unidade no SUS, junto ao Ministério da Saúde.
Fonte: Cidade News Itaú
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