Levantamento feito pelo G1 com base nos editais dos
processos seletivos das universidades federais para 2013 indica que, no
primeiro ano da aplicação da nova lei de cotas, pelo menos 30% do total
de vagas ofertadas serão preenchidas por estudantes que fizeram todo o
ensino médio em escolas públicas, número maior que o mínimo de 12,5%
previsto pela lei.
Veja no vídeo ao lado como funciona a lei de cotas nas universidades federais
A lei número 12.771/2012 sancionada em agosto determina que, até 2016,
50% das vagas sejam para alunos que fizeram todo o ensino médio em
escola pública. Além disso, metade deste índice será para alunos com
renda familiar até 1,5 salário mínimo. Há ainda um percentual para
estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas de acordo com a
proporção desta população no estado da instituição, segundo o IBGE. A
lei vale também para os institutos federais de educação superior, que
não constam do levantamento do G1.
O país tem 59 universidades federais, sendo que 51 instituições já
divulgaram o número de vagas abertas no processo seletivo para ingresso
no primeiro semestre e, em alguns casos, no segundo semestre de 2013.
São mais de 165 mil vagas anunciadas, das quais 48,9 mil serão
preenchidas pelo sistema de cota. Dessas, 19,5 mil (40% das cotas) serão
destinadas a estudantes com renda familiar até um salário mínimo e
meio. E ainda 24,2 mil vagas (50%) da cota, será reservada para
estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.
O processo seletivo varia de acordo com cada universidade. A maioria
vai preencher as vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que
será lançado no dia 7 de janeiro e vai usar as notas dos estudantes no
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que serão divulgadas no próximo
dia 28. Outras instituições têm seus próprios processos seletivos ou um
sistema misto que combina as notas do Enem, vestibular próprio, e o
Sisu.
Algumas universidades já se anteciparam às determinações da lei e
definiram o percentual de 50% das vagas para cotistas no ano que vem,
como as federais do Sergipe (UFS), Juiz de Fora (UFJF), Oeste do Pará
(Ufopa) e São João Del Rei (UFSJ). O caso mais extremo é da Universidade
Federal da Fronteira Sul (UFFS), de Santa Catarina, que destinará 85%
das vatas para cotistas. Outras universidades vão usar a lei combinada
com sistemas de cotas que já adotavam.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário