Passadas as emoções da disputa pela presidência da Câmara Municipal de Mossoró, com a vitória da vereadora Izabel Montenegro (PMDB) e novo desenho das bancadas de governo e oposição, as atenções agora se voltam para as eleições de reitor e vice-reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
O calendário eleitoral será aberto no dia 23 deste mês, com início do prazo de registro de candidaturas, que vai até o dia 26. A campanha eleitoral será realizada entre os dias 17 de fevereiro e 21 de março e, no dia seguinte, 22, a votação.
A novidade fica por conta do voto paritário, aprovado pelo Conselho Universitário (CONSUNI), deixando equivalente professores, estudantes e técnicos. Antes, o segmento docente decidia a disputa com voto valendo 70% contra 15% de estudantes e 15% do pessoal técnico.
O reitor Pedro Fernandes, embora não tenha – ainda – tornado público a sua posição, não tentará renovar o mandato. Uma decisão pessoal, apoiado pela família, que ele já avisou aos amigos e assessores próximos. Porém, como há um movimento na comunidade acadêmica para ele renovar o mandato, a possibilidade de reavaliar a decisão é razoável.
No entanto, mesmo que não seja candidato, Pedro Fernandes terá participação importante no processo sucessório, apoiando um nome próximo. A professora-doutora em Psicologia Social Fátima Raquel é a sua candidata. Com 19 anos no quadro docente da Universidade, ela aceitou o desafio e garante que está preparada para continuar o trabalho iniciado pelo atual reitor.
Na oposição, pelo menos três nomes são citados e se movimentam nos bastidores:
1 – professor-doutor Gilton Sampaio, que disputou sem sucesso as duas últimas eleições;
2 – professora-doutora Telma Gurgel (Psol), que teria o apoio da esquerda;
3 – professor-doutor David Leite.
Silenciosamente, mas de forma planejada, o professor-doutor Emanoel Márcio Nunes tenta viabilizar o seu nome. O seu currículo legitima uma possível postulação. Ele foi subchefe do Departamento de Economia (DEC/UERN) entre 2003/2004; assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação de 2003 a 2005; dirigiu a Faculdade de Ciências Econômicas (Uern) de 2010 a 2013 e foi diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN), de 2013 a 2015.
O fato curioso do processo sucessório é que não há participação, até aqui, dos “dinossauros” uerneanos, o que sugere que a comunidade acadêmica vive um novo momento, livre dos vícios e dos mandatários do passado, e isso tem muito do reitor Pedro Fernandes, reconheça-se.
Fonte: Jornal de Fato
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