A Segurança Pública do Acre transferiu na manhã desta quinta-feira (12) 15 detentos para o presídio federal de Mossoró (RN). Os presos transferidos estavam no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco. A transferência ocorreu por volta das 4h30.
Os trâmites para a transferência iniciaram, segundo a assessoria da Sesp, em outubro de 2016, quando foi pedida a transferência de 36 presos e o juiz federal autorizou apenas um. O pedido foi refeito na segunda (9) e a liberação foi dada, de acordo com a Justiça Federal de RN, no mesmo dia, mas a Sesp disse que foi notificada apenas na tarde da terça (10).
"15 líderes de facções foram transferidos. Isso demonstra que o Estado não vai se curvar para a criminalidade. Todos os presos passaram por corpo de delito e depois foram transferidos. São essas lideranças que dão a ordem para esquartejar, matar, roubar e cometer vários crimes na capital e interior. Com isso, abrimos 15 vagas que podem ser preenchidas por outros líderes", disse o secretário de Segurança Pública do Acre, Emylson Farias.
Inicialmente, Farias, havia informado que o pedido de transferência dos presos havia sido enviado ao juiz federal de Mossoró há cerca de cinco meses e o estado ainda aguardava a autorização.
Mas, a Corregedoria da Penitenciária Federal de Mossoró emitiu nota, na quarta (11), rebatendo as informações de que o Acre aguardava há cinco meses a resposta sobre o pedido de transferência dos 15 presos. Após a nota, a Sesp voltou atrás e disse que havia dado entrada ao pedido em outubro.
Em confronto com a Polícia Militar do Acre, quatro homens foram mortos na noite desta quarta (11) no bairro João Paulo, região da Baixada da Sobral, em Rio Branco. De acordo com a PM o grupo, que seria de uma facção criminosa, estava em reunião e iria cometer crime na madrugada desta quinta.
Um novo tiroteio, na manhã desta quinta (12), deixou um morto e dois feridos, também na capital acreana. Apenas na primeira semana de 2017, Rio Branco já havia registrado 16 mortes violentas. A maior parte dos óbitos foi de jovens entre 17 e 28 anos.
Fonte: G1RN via Jair Gomes
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