Um jovem surfista, cuja morte causou grande comoção entre os cariocas
em 2009, pode ter seu processo de beatificação aberto na próxima semana.
Segundo o delegado episcopal para a Causa dos Santos da Arquidiocese do
Rio, Dom Roberto Lopes, a comissão de Roma
que chega ao Brasil neste sábado (4) para dar andamento ao processo de
beatificação de Odetinha (uma menina carioca que morreu aos nove anos e
era conhecida por sua inocência e engajamento nas causas sociais), pode
trazer o documento que autoriza o início do processo de beatificação de
Guido Vidal França Schäffer. Chamado nihil obstat (nada consta, em
latim), o certificado autoriza o início dos processos de beatificação e
também de canonização.
O pedido de beatificação de Guido, que morreu às vésperas de se tornar
padre, foi apresentado oficialmente ao Vaticano em maio de 2014, cinco
anos após sua morte, tempo necessário para iniciar o procedimento. Como a
avaliação do pedido leva de seis a oito meses, Dom Roberto explicou que
a primeira fase do processo pode ter início até janeiro de 2015. Ele
não escondeu, no entanto, sua expectativa de o Brasil ter tão cedo a
chance de ganhar mais um santo em sua História. Primeiro santo nascido
no Brasil, Frei Galvão foi canonizado pelo papa Bento XVI, em São Paulo,
em 11 de maio de 2007.
Guido é reconhecido por ajudar os mais
necessitados (Foto: Arquidiocese / Divulgação)
necessitados (Foto: Arquidiocese / Divulgação)
Devido à forma como acolhia o próximo, Guido é chamado de 'São
Francisco de Assis Carioca' por Dom Roberto. "Sempre que eu falo de
Guido, o comparo a São Francisco de Assis. Além de curar o corpo, ele
curava a alma através do evangelho", disse ele.
Surfista, médico e seminarista
Guido Vidal França Schäffer nasceu no dia 22 de maio de 1974, em Volta Redonda. Ele era um jovem surfista, médico, conhecido por seu envolvimento nas causas sociais e morreu aos 34 anos, quando estava prestes a se tornar padre. O vigário paroquial da Igreja Nossa Senhora da Paz, padre Jorjão, conheceu Guido em um retiro espiritual naBarra
da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O rapaz foi a primeira pessoa a se
confessar com o vigário e, após esse primeiro encontro, eles se tornaram
grandes amigos. Devido ao surgimento dessa amizade, o jovem passou a
integrar o grupo de fiéis da comunidade.
Surfista, médico e seminarista
Guido Vidal França Schäffer nasceu no dia 22 de maio de 1974, em Volta Redonda. Ele era um jovem surfista, médico, conhecido por seu envolvimento nas causas sociais e morreu aos 34 anos, quando estava prestes a se tornar padre. O vigário paroquial da Igreja Nossa Senhora da Paz, padre Jorjão, conheceu Guido em um retiro espiritual na
“Ele tinha o dom de transformar os corações e as vidas das pessoas
através do seu testemunho, que era impressionante. Ele era um jovem como
todos os outros , falava gírias, brincava e tocava todos que o cercavam”, disse padre Jorjão.
Guido morreu às vésperas de se tornar padre
(Foto: Arquidiocese / Divulgação)
(Foto: Arquidiocese / Divulgação)
Ele tornou-se seminarista pouco antes de se formar em medicina. Como
médico, Guido integrou o corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia do
Rio e prestava atendimento gratuito a moradores de rua.
“Ele se preocupava muito com o próximo, sem se importar com a classe social da pessoa. Além disso, incentivava seus colegas de trabalho a prestarem todo tipo de atendimento a quem necessitasse e de forma gratuita”, contou o padre Jorjão.
“Ele se preocupava muito com o próximo, sem se importar com a classe social da pessoa. Além disso, incentivava seus colegas de trabalho a prestarem todo tipo de atendimento a quem necessitasse e de forma gratuita”, contou o padre Jorjão.
No dia 1º de maio de 2009, surfando na Praia do Recreio em comemoração à
despedida de solteiro de um amigo, o jovem seminarista, que estava
prestes a se formar, morreu afogado. O acidente gerou grande comoção.
Desde então, todo dia 22 (dia de seu nascimento), uma grande quantidade
de pessoas participa da missa celebrada em sua homenagem no seu túmulo,
no cemitério São João Batista, em Botafogo.
Processo de Beatificação e Canonização
Servo de Deus – Cinco anos após a morte do candidato, o responsável pela arquidiocese dá início à compilação dos documentos que contenha toda e qualquer informação relevante sobre o mesmo.
Venerável – Após o nihil obstat (nada consta) ser concedido, um tribunal eclesiástico investiga a santidade do Servo de Deus.
Beato – Essa fase consiste em provar se os milagres atribuídos ao candidato têm explicação científica. Um junta médica é convocada para uma análise minuciosa. Após o primeiro milagre ser confirmado, o candidato a santo passa a ser chamado de beato.
Santo – Depois de ser confirmado o segundo milagre, a Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano encaminha o processo para o Papa. Logo em seguida, o processo é encerrado com a canonização do candidato.
Servo de Deus – Cinco anos após a morte do candidato, o responsável pela arquidiocese dá início à compilação dos documentos que contenha toda e qualquer informação relevante sobre o mesmo.
Venerável – Após o nihil obstat (nada consta) ser concedido, um tribunal eclesiástico investiga a santidade do Servo de Deus.
Beato – Essa fase consiste em provar se os milagres atribuídos ao candidato têm explicação científica. Um junta médica é convocada para uma análise minuciosa. Após o primeiro milagre ser confirmado, o candidato a santo passa a ser chamado de beato.
Santo – Depois de ser confirmado o segundo milagre, a Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano encaminha o processo para o Papa. Logo em seguida, o processo é encerrado com a canonização do candidato.
Fonte: G1
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